Bento XVI afirmou hoje no Vaticano que os religiosos e religiosas da Igreja Católica devem mostrar ao mundo dominado por uma lógica de eficiência a “sabedoria da fraqueza”.
“Nas sociedades da eficiência e do sucesso, a vossa vida marcada pela «menoridade» e pela fraqueza dos pequenos, pela empática com os que não têm voz, torna-se um sinal evangélico de contradição”, disse o Papa, na homilia da missa por ele presidida na Basílica de São Pedro, perante representantes dos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
Bento XVI convidou os presentes a “uma fé que saiba reconhecer a sabedoria da fraqueza” diante das “alegrias e aflições do tempo presente” em que se fazem sentir “a dureza e o peso da cruz”.
A celebração iniciou-se com bênção e procissão de velas, na qual tomaram parte os superiores e superioras gerais das congregações presentes.
“Este sinal, específico da tradição litúrgica desta festa, é muito expressivo. Manifesta a beleza e o valor da vida consagrada como reflexo da luz de Cristo”, afirmou o Papa.
O Dia do Consagrado coincide anualmente com a festa litúrgica da Apresentação do Senhor, a 2 de fevereiro, quando se evoca o momento em que Jesus, com poucos dias, foi simbolicamente oferecido a Deus no templo de Jerusalém, de acordo com as prescrições judaicas.
Bento XVI desafiou os religiosos a guardarem momentos de “silêncio na adoração” a Deus e assim “renovar a vontade e a alegria de partilhar a vida, as escolhas, a obediência de fé, a alegria dos pobres, a radicalidade do amor”.
“Não vos unais aos profetas da desgraça que proclamam o fim ou o não sentido da vida consagrada na Igreja dos nossos dias”, acrescentou.
Os membros das congregações religiosas fazem a profissão pública de votos de castidade, pobreza e obediência, vivendo em comunidade.
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