«Ninguém jamais viu a Deus», diz-nos a Primeira Carta de São João (1Jo 4,12). Foi deste texto que o Papa Francisco escolheu o título da sua Mensagem para o Dia Mundial do Doente deste ano Fé e caridade: «também nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos» (1Jo 3,16).

«Ninguém jamais viu a Deus». É Jesus quem no-lo deu a conhecer (cf. 1Jo 4,9-10). Nele tocámos o amor de Deus (cf. 1Jo 1,1-3; 4,14). Fomos tocados. Sabemo-nos envolvidos pelo seu amor. Envolvidos no seu amor pelo mundo. Veio não para condenar o mundo mas para o salvar (cf. João 3,17). Ele veio ao nosso encontro. Encontrámo-nos com Ele. Compreendemo-nos como seus discípulos. Queremos seguir os seus passos. Queremos viver com Jesus e como Jesus sobre a terra. Viver assim é viver já a vida eterna.

A parábola conhecida como do Bom Samaritano é clara acerca do pequeno bem concretamente possível para cada um de nós. Sem excluir ninguém por critérios prévios de proximidade: ser próximo é aproximarmo-nos dos outros e tratá-los como irmãos. Não serão gestos heroicos. Serão os humanamente possíveis. Para nos tornarmos cada vez mais humanos. Como plenamente humano é Jesus de Nazaré. «Passou fazendo o bem» (cf. Atos 10,38). Na Tradição, Ele é visto como o Bom Samaritano da humanidade (cf. Prefácio comum VIII do Missal Romano).

Este é um primeiro movimento: ir. Ir ao encontro do outro que precisa de ajuda. Só porque precisa. Porque é fraco, doente, pobre. Ir como Jesus. Com Jesus.

Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura – ler notícia completa aqui.