O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, sustenta que a terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada às questões da família, tem de preocupar com a “complexidade” humana e rejeita a ideia de um ‘divórcio católico’.

“(Divórcio católico) não faz sentido, porque não é isso que está em questão”, disse à Agência ECCLESIA o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa que vai participar, nessa condição, na assembleia sinodal que se inicia este domingo.

Segundo este responsável, o mais importante é “considerar a complexidade humana”, que hoje em dia “se vê mais como itinerário, como percurso, do que como ato decisivo que se resume no momento”.

D. Manuel Clemente diz partilhar das “expectativas” da Igreja e da sociedade, numa assembleia que foi preparada com a ajuda de um questionário com 38 perguntas para promover uma consulta alargada às comunidades católicas.

Um dos assuntos mais discutidos na opinião pública foi o do acesso à Comunhão pelos divorciados, em particular os recasados.

Segundo o patriarca de Lisboa, a vida sacramental na Igreja Católica “tem de coincidir, na sua globalidade, com aquilo que Cristo propõe, não são atos desgarrados”.

“Eu comungo se estiver em comunhão, para acrescentar a comunhão: se tenho na minha vida uma rutura grave, concretamente no campo do Matrimónio, como é que posso comungar Cristo se não o comungo naquele outro sacramento?”, questiona.

Segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, por outro lado, a Igreja “pode verificar e cada vez verifica mais” se efetivamente “aquele ato sacramental” do Matrimónio aconteceu.

Agência Ecclesia – ler notícia completa aqui.