O Papa inaugurou hoje as sessões de trabalho da a terceira assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada às questões da família, convidando os participantes a “falar claro”.
“Que ninguém diga: ‘isto não se pode dizer, vão pensar de mim isto ou aquilo’. É preciso dizer tudo o que se sente com ousadia”, declarou, num breve discurso.
Francisco destacou a importância desta reunião para ouvir a “voz” das várias Igrejas particulares e revelou que após o consistório que decorreu em fevereiro deste ano recebeu uma carta de um dos cardeais presentes que se lamentava por outros “não tenham tido coragem de dizer algumas coisas, por respeito ao Papa, julgando que o Papa pensava de forma diferente”.
“Isto não está bem, isto não é sinodalidade. É preciso dizer tudo o que, no Senhor, sentimos obrigação de dizer”,observou.
O Papa convidou a “escutar com humildade” e acolher com “coração aberto” o que dizem os irmãos, com “paz e tranquilidade”.
Francisco concluiu com uma observação de cariz teológico, sublinhando que o Sínodo decorre sempre com a presença e sob a presidência do Papa (cum Petro et sub Petro), “garantia para todos e custódia da fé”.
253 pessoas, entre cardeais, bispos, religiosos, peritos, casais e representantes de outras Igrejas, marcam presença a partir de hoje na sala do Sínodo, para duas semanas de debate que, segundo o Papa, têm a “responsabilidade de trazer as realidades e problemáticas” das comunidades para ajudar a Igreja a seguir o “Evangelho da Família”.
A lista integra 114 presidentes de conferências episcopais, como D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, e os chefes dos 13 sínodos de bispos das Igrejas Orientais Católicas, para além de 25 presidentes dos dicastérios da Cúria Romana e 26 cardeais, bispos e padres selecionados pelo Papa, que aprova