O Papa Francisco está preocupado com a forma como a Igreja Católica está no mundo. Na entrevista exclusiva que deu à Renascença, o Papa diz que “uma Igreja que não sai mantém Jesus preso, aprisionado”.
Sobre o Sínodo da Família, marcado para Outubro, o Papa sublinha que “as pessoas que vivem uma segunda união não estão excomungadas e têm de ser integradas na vida da Igreja”.
O Papa Francisco receia que a Igreja se feche em si e não seja missionária. Diz mesmo, que “entre uma Igreja doente e uma Igreja acidentada”, prefere “uma acidentada”.
Para o Papa, se a Igreja se fecha em si própria, perde capacidade de acção e fica reduzida aos ritos e normas. Na entrevista à Renascença, Francisco recorre mesmo a uma analogia para se explicar: “Se uma pessoa tem em sua casa uma divisão, um quarto, fechado durante muito tempo, surge a humidade, o mofo e o mau cheiro”.
Para Francisco, o mesmo acontece à Igreja: “Se uma igreja, uma paróquia, uma diocese, um instituto, vive fechada em si mesmo, adoece (acontece o mesmo com o quarto fechado) e ficamos com uma Igreja raquítica, com normas rígidas, sem criatividade, segura, mais que segura, assegurada por uma companhia de seguros, mas não segura!”