A Igreja Católica em Portugal promove a partir deste domingo a Semana Nacional das Migrações, este ano sobre o tema ‘Migrantes e refugiados – rosto de misericórdia’, com uma celebração nacional na Peregrinação Internacional Aniversária de agosto a Fátima.

Para a diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), estrutura da Conferência Episcopal Portuguesa que promove a Semana das Migrações, o desafio é “aliar misericórdia à justiça”, rejeitando desigualdes e promovendo o diálogo em processos de integração.

“Um dos grandes desafios que os refugiados trazem ou que nos recordam com intensidade é que precisamos de dialogar, esta integração não é possível sem diálogo, sem nos conhecermos”, disse Eugénia Quaresma à Agência ECCLESIA.

O tema ‘Migrantes e refugiados – rosto de misericórdia’, que vai ser vivido entre este domingo e 14 de agosto, alia a realidade social atual com o Jubileu da Misericórdia, que a Igreja vive até 20 de novembro.

“Há uma identificação, uma visão bíblica, Jesus Cristo é o rosto da misericórdia para os cristãos, quis identificar-se com os mais frágeis”, desenvolveu a entrevistada, que destacou das Obras de Misericórdia a vivência de Jesus no “acolhimento”, a quarta obra corporal .

Para a diretora da OCPM, o tema da 44.ª Semana Nacional das Migrações para além de remeter para os “refugiados às portas da Europa” recorda o “potencial evangelizador” de “qualquer migrante” que quando é crente “é portador dessa mesma fé”.

Segundo Eugénia Quaresma, os projetos pastorais têm de “contemplar as migrações” regularmente, é necessário não apenas acolher mas “combater o medo e a xenofobia” e a Igreja deve contribuir para a “coesão social”, num “sentido abrangente”, que inclui todos os fiéis.

Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.