O Papa criticou a “riqueza descarada” de uma minoria de “privilegiados” que agrava os níveis de pobreza, a nível mundial, numa mensagem divulgada hoje pelo Vaticano.

“Infelizmente, nos nossos dias – enquanto sobressai cada vez mais a riqueza descarada que se acumula nas mãos de poucos privilegiados, frequentemente acompanhada pela ilegalidade e a exploração ofensiva da dignidade humana -, causa escândalo a extensão da pobreza a grandes sectores da sociedade no mundo inteiro”, escreve, no texto dedicado à celebração do I Dia Mundial dos Pobres.

Esta iniciativa que a Igreja Católica vai passar a assinalar no penúltimo domingo do seu ano litúrgico (19 de novembro, em 2017) foi uma decisão anunciada por Francisco na conclusão do Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016).

“Se desejamos dar o nosso contributo eficaz para a mudança da história, gerando verdadeiro desenvolvimento, é necessário escutar o grito dos pobres e comprometermo-nos a erguê-los do seu estado de marginalização”, sustenta o Papa.

Francisco recorda os que sofrem com a “marginalização, a opressão, a violência, as torturas e a prisão, pela guerra, a privação da liberdade e da dignidade, pela ignorância e o analfabetismo, pela emergência sanitária e a falta de trabalho, pelo tráfico de pessoas e a escravidão, pelo exílio e a miséria, pela migração forçada”.

A mensagem pontifícia sublinha que o atual cenário de desigualdades e pobreza não pode deixar ninguém “resignado”.

Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.