Acompanhar Jesus nas suas caminhadas é muito gratificante. Vai ao encontro das pessoas, percorre cidades e aldeias, atravessa campos e searas de trigo, etc. Daquilo que observa encontra assunto para comunicar às pessoas que o REINO de Deus está presente e ativo nas suas vidas ou necessitam de ser esclarecidas e de ver com outros olhos a maneira como acolhem a mensagem da Boa Nova e os frutos que ela realiza no coração e na vida. Esta forma de agir leva a uma proximidade tão grande que muitos e muitas se deixam tocar e converter. Parece-nos hoje, estar a ouvir o Papa Francisco que não cessa de nos empurrar para as periferias.

E as periferias podem ser os lugares onde as pessoas estão. Assim faz Jesus. Encontra alguns que estão de coração aberto porque a pessoa e os ensinamentos de Jesus os atraem e lhes oferecem paz, alegria e compromisso; encontra outros que assistem a tudo para descobrir onde, na sua maneira de ver errada, Cristo falha e se desvia, o que consideram um atentado à Lei de Deus e ao cumprimento daquilo que se refere ao sábado. E depois comentam uns com os outros, criticam e clamam por justiça. Neste caso pela morte de Jesus. Pode tratar-se, segundo o Evangelho deste domingo, de uns grãos de trigo e de umas espigas colhidas na seara alheia, ou de um pobre com uma das mãos atrofiada. A LEI do sábado está acima das situações de necessidade, como é o caso da fome e da doença. E Cristo, que tudo observa, lembra que o mais importante é a caridade à pessoa e ao pobre que sofre. «O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.» (Mc. 2 e 3). Podemos concluir que a Fé necessita sempre de ser purificada. Uma obra de amor vale mais que tudo aos olhos de Deus.

Padre Magalhães Fernandes