XIII Domingo do Tempo Comum
Começo por lembrar as palavras que Jesus disse à mulher que sofria de um fluxo de sangue e ao chefe da sinagoga que pedia a Jesus que curasse a sua filha.
À primeira diz: «minha filha a tua Fé te salvou»; e ao chefe da sinagoga, a quem deram a notícia da morte da filha Ele diz: «não temas; basta que tenhas Fé.»
Em que é que consiste acreditar? E de uma maneira mais direta podemos perguntar: a Fé em Deus o que tem de próprio? Todos reconhecemos que acreditar em alguém, por exemplo, é uma experiência de vivermos desde o nascimento ou até antes dele. E de tal modo esta experiência abrange todo o nosso ser e toda a nossa relação com os outros que tudo é influenciado por ela. Ninguém pode viver como pessoa sem acreditar. É uma necessidade tão grande que podemos dizer que nasce connosco e faz parte da nossa vida. É algo tão pleno e ao mesmo tempo tão grande e tão pequeno que a felicidade é inseparável do acreditar.
Voltando-nos mais diretamente para o Evangelho deste domingo (Mc. 5, 21-43) reparemos na força que as palavras de Jesus atrás citadas transmitem. É a Fé que salva e que obtém a cura; é a Fé que é suficiente para afastar todo o medo, todo o sofrimento e toda a angústia do coração daquele pai.
A estas citações podemos acrescentar outras que são atribuídas a Cristo. Por exemplo, aquela em que Ele diz: «se tiverdes Fé como um grão de mostarda direis a um monte: sai dá e lança-te ao mar e ele vai obedecer-vos.»
Voltando à pergunta feita mais acima sobre a Fé em Deus creio que facilmente concluiremos que é um Dom que o próprio Deus faz chegar ao nosso coração e à nossa inteligência. Direi: «Senhor! Eu creio em Ti porque Tu me levas a acreditar.» E a Fé leva-nos tão longe… A sua meta é a vida eterna e a ressurreição final.
Padre Magalhães Fernandes