No Evangelho desta semana, Jesus define concretamente qual deve ser a “regra de ouro” para cada cristão. Esta regra vai muito além de fazer aos outros o que quereis que eles vos façam, para nos levar a viver o que significa amar e perdoar. Vivemos num mundo em que muitas pessoas acreditam numa solução rápida; aquele que nos faz mal deve igualmente receber o castigo merecido, porque estamos convencidos de que assim se estabelece a justiça, e serve como lição de vida para todos. Certamente isto é justiça mas ser cristão é caminhar além da justiça para perceber e viver o amor. O Evangelho deste domingo apresenta-nos a lógica de Jesus sobre esta questão moral e adverte-nos que o Cristão procura infundir no mundo o sabor de Cristo que é o sinal do amor e do perdão. Isto leva-nos a amar até aqueles que não merecem o nosso amor.

Somos convidados pelo Evangelho a inverter a lógica do mundo com quatro frases imperativas para com aqueles que nos fazem mal ou não gostam de nós.

1. Amai os vossos inimigos;
2. Fazei o bem aos que vos odeiam;
3. Abençoai os que vos amaldiçoam;
4. Orai por aqueles que vos injuriam.

Amar e Perdoar ajudam-nos a chegar próximo dos nossos irmãos. Mas como é possível amar o inimigo? A imitação de Cristo é o fundamento e o caminho para transmitirmos estes gestos concretos no mundo. Não somos chamados a aturar ou a suportar os inimigos mas a amá-los. O amor é o dom supremo e maior deixado por Jesus para que possamos buscar diariamente a nossa santificação. Amar como Jesus amou. É Deus que nos amou e perdoou primeiro quando não merecíamos. O nosso amor não deve ser um amor aritmético, de cálculo. Não devemos procurar vantagens como fim. Portanto amar o inimigo é imitar o Deus misericordioso; “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso”(v.36a).

Acreditamos que viver no amor e no perdão fortalece a sociedade com várias riquezas: vida fraterna, solução de conflitos e aceitação do próximo com a capacidade de diálogo e de paz.

1. De que forma vivo o amor?
2. Quais são os obstáculos e impedimentos para uma vivência serena de paz e de amor nas nossas comunidades?
3. Será que consigo perdoar sem reservas?

Que consigamos crescer no amor que o Pai nos confiou no Filho e santificou no Espírito Santo.

Uma semana frutuosa e abençoada para todos os meus paroquianos e leitores.

P. Andrew Prince