Hoje celebramos o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas – Pai, Filho, Espírito Santo, – verdade fundamental da nossa fé cristã, que expressamos inúmeras vezes, por palavras e gestos, na Sagrada Liturgia, na oração particular, na oração pública. Todas as vezes que traçamos sobre nós o sinal da salvação, o sinal do cristão, invocamos a presença da Santíssima Trindade.

O Evangelho deste dia apresenta-nos este mistério fundamental da nossa fé. Jesus (Filho) dá motivação e esperança aos Seus discípulos sobre a vinda do Espírito Santo, e estabelece ao mesmo tempo a Sua relação com o Pai. O Espírito Santo ajuda-nos a escutar, a interpretar e a pôr em prática a palavra do Pai através do Filho.

Na história da salvação revela-se a Santíssima Trindade: o Pai que nos ama e nos chama à vida; o Filho Jesus que nos fala do Pai e nos mostra como o Pai é, sendo Ele (Jesus) bom e fiel até ao dom da própria vida na cruz; e o Espírito Santo, que ainda, fica sempre connosco. O Espírito Santo atualiza em nós a memória da vida e das palavras de Jesus e anima a ação evangelizadora da Igreja. E os três, Pai, Filho e Espírito Santo estão unidos e formam uma unidade naquilo que Deus essencialmente é: amor.

O Catecismo da Igreja Católica define a Santíssima Trindade como “o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus no-lo pode dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo”. (Cf. Catecismo da Igreja Católica número 261).

Celebrar a Solenidade da Santíssima Trindade não é um chamamento a descodificar este mistério, mas é um convite a contemplar o amor de um Deus que nunca desistiu dos homens e que sempre soube encontrar formas de vir ao nosso encontro, de fazer caminho connosco. Apesar da nossa persistência no egoísmo, no orgulho, na autossuficiência, no pecado, o amor de Deus nunca se esgota. Portanto, celebrar a Trindade é celebrar uma festa de amor.

Meditar a Santíssima Trindade é um convite a evitar ou resolver os conflitos familiares e a procurarmos viver em harmonia, na unidade como irmãos. A verdadeira comunhão entre irmãos só é possível pela aceitação e respeito pela dignidade humana.

Que a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo nos acompanhe nesta peregrinação da vida.

O vosso irmão,
Pe. Andrew Prince