O medo é um sentimento que nos arruina e nos consome por dentro e não nos deixa viver a nossa identidade como cristãos. O medo leva-nos a escondermos os próprios talentos que Deus nos deu. Devemos, portanto, procurar viver o contrário de não ter medo, isto é, confiar, ter a certeza, ter a convicção, a fé única neste Deus que nos ama e quer o nosso bem. O cristão deve ter uma atitude de espera atenta e serena no seu quotidiano. Sem medo, estaremos vigilantes para assumirmos o compromisso e empenharmo-nos com delicadeza, paixão e em fidelidade.
Jesus narra três parábolas no Evangelho de hoje para ilustrar o tema da vigilância e diz-nos como devemos viver para não sermos apanhados de surpresa. As primeiras duas parábolas são dirigidas aos fiéis ou à multidão, e a terceira é dirigida aos responsáveis da comunidade.
Na primeira parábola sobre o Senhor que foi ao casamento e deixou a casa com os seus servos, Jesus convida-nos a viver a nossa vocação com muita calma e com grande responsabilidade, uma vez que não sabemos quando seremos chamados para prestarmos contas. Isto é viver a fé e a nossa missão com amor, paz e serenidade.
A segunda parábola fala-nos da visita inesperada do ladrão. Esta parábola aponta para a incerteza da hora em que o Senhor virá. Jesus admoesta-nos que devemos sempre prepararmo-nos para este dia porque não sabemos o dia nem a hora. E com a parábola do administrador fiel e prudente, Jesus ensina-nos a sermos cristãos responsáveis daquilo que a nós foi confiado. Somos apenas administradores e não patrões.
O reino de Deus é um tesouro que devemos buscar apostando nele toda a nossa força e isto exige uma atitude de vigilância, amor e fidelidade. A ausência do Senhor não significa um momento de desleixo, conflito, imoralidade, etc., mas é um sinal alegre para preparar tudo para o acolher com o coração disposto e humilde. Embora hajam muitos obstáculos perante a fé cristã, somos chamados a exercer a nossa vocação com amor, coragem, entusiasmo e uma forte visão para a construção do Reino de Deus.
Pistas de Reflexão
- De que forma exerço a minha missão na comunidade paroquial: como administrador ou patrão?
- O que é que posso fazer para ajudar este pequenino rabanho a crescer (testemunhar a fé cristã)?
O vosso amigo!
Pe. Andrew Prince