Neste domingo XVIII do tempo comum meditamos o episódio da multiplicação dos pães. Este Evangelho vem logo após a narração da morte de João Batista, ligada à festa de aniversário do Tetrarca Herodes Antipas. Por isso, vemos que Mateus contrasta o “Banquete da Morte” por Herodes, com “O Banquete da Vida”, protagonizado por Jesus. Enquanto Herodes pela inveja dá a morte, Jesus sacia a fome dando a vida para toda a humanidade. Ao mesmo tempo, o episodio pede-nos que tenhamos fé e confiança em Deus, porque quando Jesus está ao nosso lado tudo é possível.

Neste Evangelho, Jesus é apresentado como o novo Moisés que guia o seu povo até as águas refrescantes para saciar a sua sede e alimentar também o seu povo.

O milagre da multiplicação dos pães (cinco pães e dois peixes) chama-nos à misericórdia, à compaixão, ao perdão, à partilha, à justiça, ao amor e à paz. Também manifesta o poder e o amor de Jesus pelos homens. Jesus realiza um milagre, o milagre da fé e da oração, suscitado pela compaixão e pelo amor. Diante das dificuldades humanas, Jesus não fica insensível, mas procura participar ativamente em tudo connosco. Ele teve compaixão, isto é, sentiu como o povo e esta é a atitude que deve levar o cristão ao encontro do irmão pobre para o aliviar material e espiritualmente. Sentir compaixão é a primeira circunstância para nos sentirmos motivados para a ação. Jesus é capaz de se comover. Ele sente-se ligado àquela multidão e não quer que ela vá embora. Cada um de nós deve empenhar-se para que não falte o pão para o pobre.
Abrimos as nossas mãos para partilhar o pouco que temos e não como a atitude dos discípulos de Jesus: “o que temos não chega”. Jesus ensina-nos uma grande lição de solidariedade humana, e que o contributo de cada pessoa conta para acabar com a miséria no nosso mundo. É este o desafio que Jesus nos lança: cada um de nós tem um compromisso com o próximo. Compromisso de amor, de entrega e de solidariedade. Não podemos negar esta responsabilidade e viver no nosso egoísmo.

No decorrer do milagre, Jesus pronunciou a bênção e partiu o pão. São os mesmos sinais que Jesus fez durante a última Ceia, e são também os mesmos gestos que cada sacerdote cumpre quando celebra a Sagrada Eucaristia.

Todos ficaram saciados. É com esta afirmação que nasce e renasce a nossa confiança em Deus. Com Jesus no nosso barco haverá sempre a plenitude da vida e comunhão.

Que Deus nos ajude a cumprir este compromisso!

Desafio da Semana

  • Durante esta semana procure dar alegria a algum irmão que sofre.

Desejo-vos uma semana frutuosa e abençoada.
Pe. Andrew Prince