Na escolha dos nossos amigos e companheiros da vida, optamos por pessoas que confiamos e achamos que nos conseguem ajudar a alcançar os nossos objetivos de felicidade, paz, etc. Ninguém escolheria um amigo ou companheiro que o levasse ao fracasso ou à perdição. No Evangelho do domingo passado, Jesus tinha indicado que Pedro será a pedra viva sobre qual edificará a sua Igreja, depois da sua confissão messiânica de que Jesus é o Filho de Deus vivo. No entanto, parece que Pedro e os Apóstolos não entenderam o significado de Messias e o caminho que Ele deve percorrer. Os Hebreus através da sua tradição esperavam um mundo melhor e um futuro brilhante que será alcançado com a chegada do Messias. Este sonho não é de agonia nem da tristeza, mas da glória.

No Evangelho deste 22º domingo do tempo comum, Jesus procura iluminar e corrigir os Seus Apóstolos sobre a Sua identidade e o Seu caminho que começa na agonia, mas tem como fim a glorificação. Assim sendo, Jesus faz o anúncio da Sua paixão indicando que a Sua vida não se encaminha para o triunfo, mas passa pelo sofrimento, morte e depois a ressurreição. Aí surge a incompreensão dos Apóstolos, a reação de Pedro e a resposta de Jesus. Aquele que foi aclamado como rocha viva é referenciado como Satanás (pedra de tropeço), porque anda no caminho oposto do projeto de Deus e deve procurar seguir o mestre como discípulo. A expressão indica também as tentações que nos podem desviar do bem. Ser discípulo ou ser cristão é uma vocação radical com altos e baixos, compreensões e incompreensões e só quem decide firmemente consegue alcançar. Jesus indica três condições para aqueles que desejam livremente tornar-se discípulos ou cristãos:

  1. Renunciar a si mesmo
  2. Tomar a sua cruz
  3. Iniciar o caminho.

O Senhor ensina-nos que o caminho dos discípulos é seguir o Crucificado. A cruz é o sinal do amor e do dom total. Somos chamados a acolher as contrariedades de vida e abrir o coração para que Deus nos possa iluminar e ajudar a crescer. Devemos tomar Jesus como modelo neste seguimento por isso somos discípulos. Procuremos viver na partilha, solidariedade, amor, entrega e disponibilidade para ajudar a um crescimento comunitário.

Que Deus nos ajude a acolher e a suportar pacientemente as cruzes da nossa vida.

Pista de Reflexão

  • Como enfrento os obstáculos da minha vida?

Desejo-vos uma boa semana cheia de bênção e de amizade.
Pe. Andrew Prince