No Antigo Testamento, Deus elegeu um povo para ser um ponto de referência para chegar a outros povos e fez uma aliança com ele. Deu-lhe todas as ferramentos e condições (a lei e os profetas) para uma frutuosa e serena aliança. O povo escolhido, já na Antiga Aliança, teve a missão de anunciar e de levar a salvação a todas as nações. Mas Israel não foi fiel à sua missão.

O Evangelho deste domingo apresenta-nos a parábola dos vinhateiros homicidas e utiliza a imagem da vinha para descrever o plano divino de salvação. É, portanto, apresentada como uma alegoria comovente da aliança de Deus com o Seu povo. Também ilustra a obra de Deus e a resposta do homem: Deus que nos mostra o Seu amor e como o homem acolhe este mesmo amor. A parábola contada por Jesus destaca mais a ação dos servos do que a próprio vinha. Jesus compara o povo de Deus (eleito) a uma vinha, cujo vinhateiro é o Senhor. Este proprietário, com muito amor, construiu a Sua vinha, que mais tarde a arrendou a alguns vinhateiros e fez uma viagem. No tempo da colheita, os vinhateiros recusaram dar a sua merecida parte (fruto) da vinha. Trataram mal os enviados e até mataram o filho do proprietário.

Com esta parábola Jesus fez um resumo cativante da história do povo de Israel, a amada vinha do Senhor, cujo líderes eram os sacerdotes e anciãos do povo. Estes vinhateiros não ajudaram o povo (vinha) a produzir os frutos que o proprietário (Deus) espera da Sua vinha.

A eleição de Israel passará para um novo Povo, a Igreja. Jesus, a pedra rejeitada, será a pedra angular de uma nova construção – o Novo Povo de Deus, a Igreja do Novo Testamento, nascida do Seu sangue. Este novo Israel é a Igreja, todos os batizados. Nós temos recebido, na pessoa de Jesus e na Sua mensagem, uma graça única que temos que fazer frutificar. Somos nós os cristãos de hoje os vinhateiros do Senhor, que devemos cuidar bem da vinha para poder dar fruto. No Evangelho, Jesus fala-nos abertamente de que o Reino nos será tirado e entregue a outros, se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades. Se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem. Somos chamados a nos mantermos fiéis ao dono da vinha.

Deus ajuda-nos a enterrar a nossa inveja e a crescermos a apreciar o nosso próximo na alegria e no amor.

Pistas de Reflexão

  • Como cuido da vinha que Deus me confiou (a minha família
    biológica e espiritual)?
  • Ler a sua história de vida à luz da parábola desta parábola.

Votos de uma frutuosa semana para todos.
Pe. Andrew Prince