Celebramos neste trigésimo-primeiro domingo do tempo comum a Solenidade de Todos os Santos, sendo o primeiro dia do mês de novembro. Com enorme alegria somos chamados a celebrar os filhos da Igreja: os canonizados e os não canonizados, os conhecidos e os desconhecidos, os que morreram em defesa da fé, como mártires, etc. A vocação universal dos cristãos é a santidade: “Sede santos, como o Pai celeste é santo” (Mt 5,48). A liturgia de hoje convida-nos a partilhar a alegria celeste dos santos, a saborear a sua alegria e a tomar consciência de que a santidade é possível mas o seu caminho é exigente e até às vezes desconfortante.

Refletimos nesta solenidade o Evangelho das Bem-Aventuranças. É o texto que abre o sermão de montanha. Toda a humanidade deseja a felicidade e existem vários caminhos propostos: a felicidade mundana (o ter, o poder e o fazer) e a felicidade evangélica. Mas o que é a felicidade? Como alcançar a verdadeira felicidade, ou seja, qual é o caminho para a alcançar? Quem nos indica o caminho da felicidade? São algumas das questões que as bem-aventuranças nos convidam a meditar. Estas são um anúncio de felicidade porque proclamam a libertação. De facto, é o programa, o ideário, o caminho ideal para se alcançar a santidade de estado e de vida. É importante salientar que o motivo das bem-aventuranças não é a situação atual, mas a nova condição que os bem-aventurados recebem como dom de Deus.

Jesus indica quem serão felizes: «Bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os promotores da paz, os que são perseguidos por causa da justiça» (cf. Mt 5, 3-10). Ser santo é viver as bem-aventuranças e vivê-las é imitar Jesus Cristo, o modelo perfeito da santidade. Santidade é viver de acordo com o projeto que Deus nos deixou no Evangelho de Seu Filho Jesus, é encarnar o próprio Jesus em nossas vidas, é segui-Lo, é viver a vida em todas as circunstâncias segundo as Suas palavras.

Com as bem-aventuranças, Jesus revela-nos que é Deus quem oferece ao homem a sua felicidade, a sua plena realização humana. É na atitude de acolher o Reino e de nos entregarmos a Deus que podemos ser verdadeiros homens e mulheres.

Que compreendamos e sigamos o caminho para a felicidade sem fronteiras que Jesus nos apresenta nas bem-aventuranças. Felizes seremos nós, se acolhermos e vivermos a Boa Nova de Cristo.

Pistas de Reflexão

  • Como defino e vivo a felicidade na minha vida?
  • Reflita as bem-aventuranças, uma a uma, durante os próximos dias e depois partilhe com alguém da família os sentimentos que brotaram da sua meditação.

Votos de um dia santo para todos.
Pe. Andrew Prince