O ser humano nasce e vive cercado pelo mal que perturba a paz, a tranquilidade e o bem-estar. O mal, muitas vezes, faz-nos perder a liberdade e, por vezes, o nosso raciocínio. Ficamos incapazes de pensar e de agir bem dentro de nós e na sociedade. A liturgia deste domingo, particularmente o Evangelho, convida-nos a meditar a atitude de Jesus diante do problema do mal que aflige a humanidade e a autoridade contida na Sua Palavra.

Depois de ter escolhido os primeiros quatro discípulos, Jesus vai à sinagoga no sábado, como é Seu costume. As sinagogas estão espalhadas em muitos lados e são dedicadas ao estudo das Escrituras. O serviço de sábado incluía oração, leitura e exposição pública das Escrituras. Na sinagoga de Cafarnaum, aconteceram dois episódios: Jesus ensina com uma autoridade diferente dos escribas e cura um homem com espírito impuro. São Marcos procura destacar que Jesus é O profeta por excelência, cujas palavras têm autoridade eficaz para desfazer e expulsar o mal, deixando o homem livre para avançar com o seu quotidiano. O homem com espírito impuro designa o estado de quem ainda não se encontrou com Jesus de Nazaré e as pessoas cujas vidas são dominadas pelas atitudes contrárias à fé cristã, tais como o egoísmo, a injustiça, o comodismo, a exploração, o medo, a violência, etc. Jesus ensinava com autoridade e não como os escribas que apenas repetiam as leis.

Jesus é O Messias libertador que, com a Sua vida, com a Sua palavra, com os Seus gestos, com as Suas ações, vem propor aos homens um projeto de liberdade e de vida. Diante do problema do mal que incomoda o homem, Deus não Se afasta da nossa miséria, mas aproxima-se e age segundo a Sua vontade e o Seu tempo. O Senhor pede-nos confiança e paciência.

O confronto de Jesus com o espírito impuro mostra-nos que chegou o tempo da libertação e cura e o homem vai ser capaz de realizar os seus sonhos. Não continuará a ser escravo do reino do mal. A mensagem de Jesus liberta, devolve a dignidade ao homem e ajuda-o a ser mais interativo, mais amável e solidário. O egoísmo escraviza, mas o amor de Deus liberta sempre. O cristão, hoje, é o portador desta Palavra. As nossas ações devem iluminar o mundo com a força contida na Palavra e ajudar os irmãos a aproximarem-se de Deus. Que a fama de Jesus e o conhecimento acerca da Igreja se possam tornar visíveis em cada coração.

Rezemos para que a Palavra de Deus possa chegar aos confins da Terra mostrando à humanidade a Sua autoridade sobre o mal e curando vários doentes espalhados no mundo inteiro.

Pistas de Reflexão

  • Será que confio plenamente na Palavra escutada e meditada como fonte de cura e de libertação?
  • Como posso ser fiel à Palavra de Deus?
  • O medo faz-nos perder autoconfiança. Procure rezar durante a semana pelo dom da coragem e da tranquilidade neste tempo difícil.

Votos de uma santa e frutuosa semana para vós. Cuidem-se bem.
Pe. Andrew Prince