Com a chegada do Messias chegou uma nova era de purificar e de fazer desaparecer o Templo antigo e convidar o povo a acolher um novo. A purificação do Templo de Jerusalém é símbolo da purificação que Deus realiza nas mentes e nos corações, para serem templos do Espírito Santo e morada do amor que une a Deus e cria relações fraternas. Jesus dá um sinal terrível e decisivo: “Destruí este Templo, e em três dias Eu o levantarei”. O que significa isso? É um sinal, um símbolo profético. É o lugar no qual o Homem pode encontrar Deus, é a imagem do Seu corpo. Jesus realiza um gesto profético que nos faz caminhar até ao Seu próprio corpo, que hoje é a imagem da Igreja, a comunidade dos fiéis. Assim, Jesus ressuscitado é o novo Templo. É aqui que Deus procura dar aos homens a verdadeira vida, que possam beber da fonte inesgotável da graça e receber o amor infinito de Deus. O encontro de Deus com a Humanidade já não irá acontecer num lugar específico, mas num novo Templo: o Corpo de Cristo ressuscitado.
Devemos reavaliar hoje a nossa perceção sobre o Templo e ver se está a servir a sua razão da existência: um lugar de encontro privilegiado com Deus para Lhe agradecer os benefícios recebidos, louvá-Lo e pedir-Lhe ajuda nas nossas necessidades. Um lugar de grande intimidade com Deus. O Templo, num sentido físico, pede-nos uma reverência particular e um sentido de pertença. A liturgia deste domingo convida-nos a aproximar a este novo Templo, identificarmo-nos com Ele e conhecê-Lo.
Que Deus sonde os nossos corações e nos ajude a redescobrir a presença do verdadeiro e novo Templo (Jesus Cristo) na nossa vida.
PISTAS DE REFLEXÃO
- Qual é a minha fidelidade para com a Lei Divina? Como a vivo no meu quotidiano?
- Qual é a minha frequência e participação na assembleia litúrgica da minha comunidade paroquial?
Desejo-vos uma excelente continuação deste tempo quaresmal.
Pe. Andrew Prince