É Páscoa porque Cristo ressuscitou. Passou da morte para a vida dando-nos uma grande notícia que o vencedor de toda a nossa luta terrena é a vida e não é a morte. A morte é apenas uma passagem.

O Evangelho deste domingo oferece-nos belíssimos sinais e imagens para tranquilizar o nosso corpo e a nossa alma. São sinais de vida e não de morte. Uma vitória sobre as trevas e o pecado. Houve um momento de silêncio, de angústia, de escuridão que pareciam os sinais da vitória da morte, mas com a chegada ao túmulo o texto muda para uma da esperança e alegria. Por isso, a Páscoa é uma passagem de acontecimentos tristes para realidades alegres. Páscoa é sinónimo de vida nova, de novas decisões e novos acontecimentos.

Diante do sepulcro, houve uma descoberta de dois acontecimentos extremamente importantes para aprofundar este grande mistério da nossa fé. Um é do sepulcro aberto e outro é de sepulcro “não completamente vazio”. Refletindo nesta experiência da manhã de Páscoa, compreendemos que o sepulcro estava aberto porque a pedra já estava retirada, mas não estava completamente vazio porque havia sinais dentro do túmulo: as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado na cabeça de Jesus passaram uma mensagem que Jesus não está morto ressuscitou. Os acontecimentos à volta do sepulcro mostram que Jesus não ficou vencido pela morte, mas saiu vitoriosamente e deu um sinal positivo à Humanidade.

Encontramos três personagem neste relato da ressurreição que desempenham papéis diferentes. Maria Madalena foi sozinha, de madrugada, ao sepulcro para encontrar um morto, mas encontrou o sepulcro vazio e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Saiu à pressa para levar a notícia a Pedro. Para Maria Madalena, Jesus ainda estava morto, por isso ela disse que não sabia para onde levaram o corpo de Jesus. Julgava que a morte tinha triunfado. Estava desorientada porque ainda não tinha alcançado a fé sincera da ressurreição. Pedro e o outro discípulo foram ao sepulcro. Ambos viram que tudo estava como disse Maria Madalena. Tudo isso era sinal de que Jesus tinha sido libertado da morte. Por isso, “o outro discípulo, o discípulo que Jesus amava, viu e acreditou”. O Pedro ainda estava na insegurança da sua fé como nos é contado nas suas experiências anteriores, por exemplo, a negação. Diante de sinais da incompreensão, o amor ajuda-nos a penetrar os mistérios, por isso, o discípulo que Jesus amava viu e logo acreditou. Jesus derramou o Seu sangue por amor à Humanidade, portanto só com os olhos do amor e da fé é que conseguimos testemunhar que Ele ressuscitou verdadeiramente.

A ressurreição de Cristo convida-nos a viver de acordo com a nova vida que brotou daquele sepulcro aberto e não podemos viver como se Cristo estivesse morto, porque Ele está vivo.

Que a palavra ressurreição esteja nas nossas conversas diárias e saibamos que a ressurreição de Cristo é a nossa maior razão de esperança como cristãos e católicos.

Cristo Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Pistas de Reflexão

  • Que mensagem transmito a partir da ressurreição de Cristo à minha família?
  • Como vivo a ressurreição de Cristo no meu quotidiano?

Desejo-vos uma Santa Páscoa! Que a entrega de Cristo para a humanidade seja vivida no nosso dia-a-dia.

Cristo Ressuscitou, não está aqui! Aleluia, Aleluia.

Pe. Andrew Prince