Este é o dia que O Senhor fez, exultemos e cantemos de alegria. Cristo Ressuscitou e o Ser Humano voltou a ganhar esperança e confiança em Deus. Afinal, a pedra colocada à porta do sepulcro não era sinal de que tudo havia acabado. A vida reinou sobre a morte porque Cristo saiu vitorioso do túmulo. Ó morte, onde está o teu poder, Ó morte onde está o teu aguilhão.

O Evangelho deste domingo é de João (20,1-9) e relata o ambiente e os acontecimentos na manhã da Ressurreição do Senhor. O texto utiliza alguns verbos para descrever a importância desta realidade e a prova de que o Senhor Jesus Cristo não ficou na mansão dos mortos, mas ressuscitou para dar a vida nova a todos os que creem. Destacam-se no Evangelho os verbos correr, partir, debruçar, entrar, acreditar, etc. Os fatos mencionados remetem-nos para o essencial, o desafio da Ressurreição. Somos convidados a abraçar o mistério e a anunciar, sem hesitação, que o sepulcro vazio é uma prova de que Jesus Ressuscitou. Por isso, a Ressurreição é o mistério central da fé cristã. A Ressurreição gloriosa do Senhor é a chave para interpretarmos toda a Sua vida e o fundamento da nossa fé. Sem essa vitória sobre a morte, diz S. Paulo, vazia seria a nossa pregação e vã a nossa fé (1 Cor 15,14). A Páscoa do Senhor, que celebramos hoje, traz-nos a alegria do anúncio da ressurreição e esta alegria deve ser a marca na nossa vida.

A Ressurreição do Senhor desafia-nos a morrer para nosso homem velho, repleto de pecados e vícios, para nascer o homem novo que é capaz de aspirar às coisas do alto. Na segunda leitura, tirada da carta de Paulo aos Colossenses, o apóstolo afirma que “se nós ressuscitamos com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus”. A Páscoa tem de produzir em nós algo novo. É essencial o esforço para alcançar aquilo que é de Cristo e não colocar as nossas esperanças naquilo que é do mundo. Tudo aquilo que era velho já passou. A novidade da Ressurreição pede-nos que abramos o nosso coração para uma verdadeira experiência com a vida que é Cristo Ressuscitado.

A Ressurreição, ainda na madrugada, indicava as trevas em que vivia a Humanidade, mas naquele momento houve a possibilidade para os que acreditassem de se revestirem desta Sagrada Luz, a do Cristo Senhor que acabara de deixar o túmulo vazio. A morte foi vencida e o Homem, que estava mergulhado no pecado, abraçou a comunhão com Deus.

Em suma, a Ressurreição do Senhor convida-nos a renovar a nossa fé num Deus vivo e presente, a abrir o coração às realidades celestes ou virtudes cristãs e a anunciar os valores do Evangelho em toda a parte, ou seja, tornar discípulos da Boa Nova.

Que sejamos como Maria Madalena, ter pressa para ir à procura da novidade evangélica e, como o discípulo amado, acreditar e abraçar Cristo Ressuscitado.

Cristo Ressuscitou, Aleluia! Aleluia!

PISTAS DE REFLEXÃO

  • Como vivo o Mistério da Ressurreição no meu quotidiano?

Votos de uma Santa e Feliz Páscoa para todos. Que a Ressurreição de Cristo nos dê um ardor e zelo para a nossa convivência comunitária. Que o amor e a entrega reine em todos os aspetos da vida paroquial.
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh