Celebramos o II domingo da Páscoa, também chamado de domingo da Divina Misericórdia por instituição do Papa São João Paulo II, em 30 de abril de 2000. A Irmã Maria Faustina Kowalska (1905-1938), recebeu a mensagem da misericórdia de Deus, que pede confiança em Deus e uma atitude de misericórdia para com o próximo. Apela à proclamação e à oração pela Misericórdia Divina para o Mundo, incluindo a prática de novas formas de culto. A devoção à Divina Misericórdia cresceu muito rapidamente após a beatificação (18 de Abril de 1993) e canonização (30 de Abril de 2000) da Irmã Faustina e também devido às peregrinações do Papa João Paulo II a Lagiewniki (1997 e 2002), no Santuário da Divina Misericórdia na Polónia.

No Evangelho deste domingo (João 20,19-31), Jesus Ressuscitado aparece na comunidade dos Apóstolos e derrama sobre eles o Seu Espírito Santo e, com ele, os dons da fé e da alegria, do perdão, da misericórdia e da paz. É preciso abrir o coração e os olhos para ver e fazer experiência com o Senhor Jesus Morto e Ressuscitado. Que à luz da fé, a comunidade consiga embarcar nesta viagem de reconhecer quem é Jesus, não exigindo sinais extraordinários para perceber que Deus está presente nela. Para isso, o Evangelho apresenta-nos uma verdade fundamental: a comunidade cristã é o lugar onde podemos alimentar a nossa fé. Vejamos o caso de que o Evangelho fala, o episódio de Tomé.

Em primeiro lugar, a vida do Tomé fora da comunidade, ou seja, sem a presença da comunidade, faz-lhe duvidar da ressurreição. Na comunidade cristã crescemos juntos nas qualidades e afastamo-nos dos nossos defeitos. É o ambiente através do qual nutrimos a nossa fé junto com outros irmãos. O desejo de Jesus para a Sua Igreja é a união. Quem acha que pode ser cristão e seguir Jesus sozinho está muito enganado. Viver em comunhão é uma ordem de Jesus e uma grande bênção. Somente somos Igreja quando estamos juntos. Quando estamos sozinhos e isolados facilmente caímos no desespero e desânimo diante das dificuldades da vida.

No segundo episódio, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Tomé não chega à fé sozinho. Precisa de voltar a casa, sentir a presença de outros irmãos, sentir o calor da comunidade para chegar ao amadurecimento da fé. A comunidade transmite-nos a força, a coragem, a paz e tantas outras maravilhas. Além do fator da comunidade, o Evangelista João utiliza a figura de Tomé como símbolo da dificuldade que cada cristão encontra para acreditar na Ressurreição de Jesus.

Que Cristo Ressuscitado nos ilumine e enriqueça com a paz e a tranquilidade para nos sentirmos melhor nas nossas comunidades paroquiais, a fim de que possamos ser evangelizadores da Boa Nova em palavras e obras.

PISTAS DE REFLEXÃO

  • Será que me sinto bem na minha comunidade paroquial? Existe alguma razão que não me permite alcançar o bem-estar? Poderá responder a estas questões a um irmão da comunidade ou com o Prior.
  • O que é que posso fazer para melhorar o sentido de pertença na minha comunidade?

Desejo-vos uma boa continuação do Tempo Pascal e um bom domingo da Divina Misericórdia.
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh