Celebramos neste VII domingo da Páscoa a Solenidade de Pentecostes, com a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Santa Maria reunidos no Cenáculo. O Evangelho que meditamos nesta Solenidade mostra-nos os discípulos de Jesus fechados num certo lugar, por medo dos judeus. Por isso, a finalidade do Pentecostes vem enfatizar o nascimento da Igreja e apresenta uma comunidade de testemunhas. Ensina-nos também que o Espírito Santo sustenta a Igreja em todos os momentos. Ele ajuda a desaparecer na comunidade o medo e a angústia.

No Evangelho de hoje podemos meditar sobre 3 ideias principais:

  • a. A paz como dom que enterra o medo;
  • b. O envio em Missão;
  • c. O dom do perdão e da reconciliação.

O Espírito Santo atua na comunidade como força invencível, gerando alegria, paz e coragem. O Evangelho relata o acontecimento das portas fechadas com medo dos judeus. Entretanto vem o Espírito Santo e soltam as amarras e não só ficaram aliviados, como também se encheram de alegria. É o Espírito Santo que transforma em coragem e disponibilidade as atitudes de medo e de afastamento. O Espírito Santo afasta o medo, faz-nos conhecer e sentir que estamos nas mãos de uma omnipotência de amor e de vida.

A segunda ideia partilhada no Evangelho de hoje é o envio missionário e trinitário. A missão da Igreja parte do coração da Santíssima Trindade «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo». O Espírito Santo põe fim ao confinamento da Igreja e leva-a para fora de si mesmo, criando assim uma Igreja em saída. A comunidade continua a missão de Jesus.

Por fim, Jesus Ressuscitado infunde na comunidade o dom do perdão e da reconciliação. «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Os apóstolos foram confiados a este belíssimo sacramento, tornando-se promotores da vida e da comunhão. A sua tarefa é ajudar a humanidade a afastar-se da decadência moral e social e a viver uma vida para Deus. Santo Agostinho disse que “a Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graça nos salvou” (Sermão 214, 11).

Que o Espírito Santo desça sobre nós os seus dons e frutos para que possamos viver a nossa vocação cristã com coragem e entusiasmo. Que a festa de Pentecostes nos ajude a refletir sobre a nossa unidade na diversidade.

Nossa Senhora da Graça, rogai por nós.

Pista de Reflexão

  • De que forma coloco os meus dons ao serviço na minha comunidade paroquial?

Votos de um maravilhoso domingo de Pentecostes para todos e uma excelente semana cheia de paz e alegria também.

Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh