O Evangelho deste XII domingo do Tempo Comum estabelece o facto de que são inevitáveis as perseguições, mas teremos sempre uma presença reconfortante na nossa caminhada. Neste Evangelho, Jesus está a preparar os Seus discípulos para a missão apostólica e, por três vezes, aparece a expressão “não temais” para mostrar a necessidade de uma confiança absoluta em Deus. Não ter medo é uma atitude do cristão para o anúncio do Evangelho, ou seja, teremos de aprender a melhorar o nosso empenho como cristãos. De facto, o medo é um dos inimigos da nossa vida cristã e temos de enfrentar as ameaças quotidianas, como por exemplo, não recear as ameaças físicas por parte daqueles que desejam silenciar o anúncio da Palavra de Deus. A razão pela qual os apóstolos não ficarão paralisados pelo medo é que eles sabem que contam com a proximidade e a ajuda de Jesus em todos os momentos. Como afirma o Papa Francisco, «o único medo que o discípulo deve ter é o de perder esse dom divino, a proximidade, a amizade com Deus, renunciando a viver segundo o Evangelho e causando deste modo a sua morte moral, que é a consequência do pecado»
O Catecismo da Igreja Católica (1808) oferece-nos um bom remédio para vencermos o medo, ou seja, uma virtude que todos os cristãos necessitam de cultivar e viver. A fortaleza é a virtude moral que, no meio das dificuldades, assegura a firmeza e a constância na prossecução do bem. Torna firme a decisão de resistir às tentações e de superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza dá capacidade para vencer o medo, mesmo da morte, e enfrentar a provação e as perseguições. Dispõe a ir até à renúncia e ao sacrifício da própria vida, na defesa duma causa justa. «O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória» (Sl 118, 14). «No mundo haveis de sofrer tribulações, mas tende coragem! Eu venci o mundo!» (Jo 16, 33).
Peçamos ao Senhor para que nos conceda a graça de podermos superar todos os nossos medos no anúncio da Boa Nova.
PISTA DE REFLEXÃO
- Qual é o meu maior medo como cristão?
Votos de uma santa e excelente semana para todos.
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh