O Evangelho deste domingo XIII do Tempo Comum apresenta-nos a parte final do discurso missionário de Jesus. Nele, Jesus destaca três aspetos essenciais para a vida do discípulo/missionário: a radicalidade da vocação cristã, a necessidade de manter um vínculo fortíssimo com Jesus, mais do que com qualquer outra pessoa e, por fim, o acolhimento feito aos discípulos missionários.

O seguimento de Jesus exige uma renúncia de si próprio e também dos interesses pessoais. Esta exigência é abordada numa tripla dimensão da qual os discípulos devem estar conscientes se realmente pretendem manter a condição de discípulo: a relação de amor (as causas do Reino de Deus devem ocupar o primeiro lugar), renunciar ao nosso bem-estar, estar disposto a aceitar sofrimentos por amor a Cristo e do Seu Evangelho e finalmente, estar preparado até dar a sua própria vida, o maior testemunho da verdade cristã. Ser batizado no mundo é aceitar a nossa cruz; é dar a vida, sem receio de a perder, pois a nossa recompensa é a vida eterna em Cristo; é ser profeta neste mundo. O amor total a Cristo é a primeira condição para ser discípulo.

No último momento do Evangelho, Jesus faz o elogio da hospitalidade. O acolhimento ou a hospitalidade trazem muitos benefícios. “Quem vos recebe, recebe a Mim”. Quando acolhemos e suportamos alguma boa causa, recebemos o Próprio Cristo na nossa vida. Por isso, no nosso ministério como Cristãos, representamos Cristo no mundo. Para tal a nossa vida no mundo deve refletir a de Jesus durante a Sua vida terrena. O Papa Francisco exprimiu bem esta união de Cristo com o discípulo nos seguintes termos: tal como Cristo é o primeiro enviado, ou seja, o missionário do Pai e enquanto tal, a Sua Testemunha fiel, assim também todo o cristão é chamado a ser missionário e testemunha de Cristo. A Igreja, enquanto comunidade dos discípulos de Cristo, não tem outra missão senão a de evangelizar o mundo, dando testemunho de Cristo. (Mensagem de Sua Santidade o Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2022 – Sereis minhas testemunhas).

Rezemos para que Deus nos conceda a alegria, a coragem e, acima de tudo, o amor sem condição para podermos viver a nossa vocação cristã. Procuremos colocar Deus em primeiro lugar na nossa vida, pois Nele vivemos, existimos e nos movemos.

Pista de Reflexão

  • Como vivo a minha entrega e disponibilidade na Igreja Paroquial? Será que me disponibilizo para assumir compromissos?

Votos de um santo domingo e uma excelente semana para todos.
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh