Os Institutos Missionários “Ad Gentes” e as Obras Missionárias Pontifícias publicaram o “Guião Outubro Missionário 2012”, instrumento de trabalho que pretende reforçar a dinâmica da evangelização num mês marcado pelo arranque do Ano da Fé.

Numa mensagem dedicada ao “Outubro Missionário”, o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização desafia dioceses e paróquias a seguirem “com particular atenção”, o exemplo deixado “pelas primeiras comunidades cristãs”.

“Embora pequenas e indefesas”, elas “souberam, pelo anúncio e pelo testemunho, difundir o Evangelho em todo o mundo conhecido de então”, realça D. António Couto, reforçando o convite deixado por Bento XVI na sua mensagem pastoral para o Dia Missionário Mundial, que a Igreja Católica vai assinalar a 21 de outubro.

Além do lançamento do Ano da Fé, marcado para 11 de outubro, os próximos dias vão ser preenchidos com a comemoração do 50.º aniversário do Concilio Vaticano II (1962-1965) e pelo início do Sínodo dos Bispos para a Nova Evangelização, já este domingo, em Roma.

O bispo de Lamego, que estará presente naquele evento, recorda aos fiéis que qualquer missão evangelizadora nasce de uma comunidade “que não está voltada sobre si, mas para fora” e que consegue ser “luz” para os outros, “sem peias nem vergonhas”.

Uma atitude que, segundo o prelado, é urgente cultivar num mundo que está cada vez mais descristianizado.

No final do Concílio Vaticano II, encontro que deu um impulso significativo ao esforço missionário – e sobretudo ao papel dos leigos na transmissão da Palavra de Deus – os dados apurados pela Igreja Católica falavam na existência de pelo menos 2 mil milhões de não cristãos, soma que “quase duplicou” entre 1965 e 1990.

“Para 2025, prevê-se que esse número atinja os 5.220.896.000. Decididamente, não podemos continuar a olhar para este mundo de braços cruzados. Temos de o amar e evangelizar. À maneira de Cristo”, exorta D. António Couto.

O “Guião Outubro Missionário 2012” procura dinamizar as comunidades para esta tarefa, a partir do tema “Vive a Missão – Transmite a Fé”, que convida também as pessoas a levarem “esperança” a todos aqueles que estão a sofrer com as dificuldades económicas que atingem o país.

“A crise que se abateu sobre nós, está a fazer mais vítimas entre os pobres mais pobres. Há que dar uma resposta cristã a esta crise que não é apenas económica e financeira, mas de valores e humanidade”, pode ler-se.

Este repto é secundado pelo presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes, que apela a uma ação mais efetiva junto dos povos carenciados.

Se no meio da atual conjuntura, cada cristão tiver o seu “coração centrado na missão”, de certeza que “não faltarão oportunidades” para dar testemunho de Deus através de uma “caridade operativa, feita de gestos credíveis de proximidade e solidariedade”, escreve o padre Alberto Silva.

O programa do “mês missionário” vai ser preenchido por quatro semanas de reflexão, baseadas na “oração”, no “sacrifício”, na “partilha” e na “vocação missionária”.

Entre as diversas propostas contidas no guião, destaque para a exposição missionária “Alarga o espaço da tua tenda”, que continua aberta ao público até dia 31 de outubro no Convívio de Santo Agostinho, situado na cripta da Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.

Agência Ecclesia – http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=92663

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