Numa mensagem-vídeo, D. José Policarpo lembra que, em hebraico, Páscoa significa ‘passagem’ e questiona. “Esta é uma pergunta que todos nós temos que fazer nesta celebração da Páscoa: estamos a fazer uma ‘passagem’? Para onde? Queremos ir mais longe ou estamos completamente satisfeitos com a vida que temos neste momento, cujo horizonte é sobretudo material, tem as suas fronteiras nesta vida terrena e neste mundo que vivemos?”. Para o Cardeal-Patriarca, “a ‘passagem’ é ir além disso tudo!”. “É unidos a Cristo experimentar, desde já, a alegria do amor definitivo de Deus, que o Senhor, porque nos comunicou o seu Espírito, nos permite. É um grande privilégio que Ele nos dá, de podermos sentir já na vida humana – quando amamos, quando sofremos, quando trabalhamos, quando nos dedicamos às causas da comunidade – aquela plenitude, aquela beleza interior de quem sente que a vida tem a sua fonte em Deus e que só em Deus ela é fonte de alegria. Façamos uma passagem! Porque se não a fizermos, a Páscoa será simplesmente uma festa humana, mas que não toca no mistério da ressurreição de Jesus”, adverte.
Nesta mensagem-vídeo de Páscoa dirigida a toda a Diocese de Lisboa, D. José Policarpo coloca também o acento na alegria pascal. “Costumamos falar da alegria da Páscoa. A Páscoa é o momento em que partilhamos a alegria! Mas que alegria? A alegria de que a Páscoa nos fala, só se sente se nós partilharmos com Jesus essa plenitude da vida. Não é a alegria humana simplesmente da festa realizada… não! É uma alegria espiritual! É, aliás, a verdadeira fonte da alegria”.