O Papa Francisco inaugurou, na noite desta segunda-feira, na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Congresso eclesial da Diocese de Roma sobre o tema: “Cristo, nós precisamos de ti”.

O Cardeal Agostino Vallini, Vigário do Papa para a Diocese de Roma, fez uma saudação ao Santo Padre, Bispo de Roma, “renovando a fidelidade ao Magistério da Igreja e reafirmando o compromisso da Diocese de Roma com a evangelização, numa cidade que passa por profundas transformações”.

A seguir, o Papa Francisco cumprimentou os presentes, que superlotavam a Sala de Audiências, e improvisou a sua reflexão, baseada no texto escrito, sobre o tema “Eu não tenho vergonha do Evangelho”, extraído da Carta de São Paulo aos Romanos.

A graça, disse o Santo Padre, falando da evangelização, é a nossa alegria, a nossa liberdade; é a “revolução” que muda os nossos corações, de pecadores para santos; esta graça, que recebemos gratuitamente, deve ser transmitida também gratuitamente ao próximo. E referindo-se à realidade romana e a quem busca, desesperadamente, a esperança, o Papa acrescentou:

“Entre tantas dores e tantos problemas, existe, aqui em Roma, muita gente que vive sem esperança. Mas, cada um de nós, pode pensar, no silêncio, nestas pessoas que vivem imergidas em uma profunda tristeza. Elas pensam encontrar a felicidade na bebida, na droga, nos jogos de azar, no dinheiro, no sexo desregrado”.

Nós, exortou o Santo Padre, devemos dar esperança ao nosso próximo com alegria, sobretudo com o sorriso e com o testemunho. De facto, o testemunho requer coragem e paciência, as virtudes de todos os cristãos, que devem sair de suas casas e irem ao encontro dos mais necessitados nas periferias das grandes cidades. E o Papa perguntou:

“O que devemos fazer com a coragem e a paciência? Devemos sair de nós mesmos e das nossas comunidades e ir ao encontro dos homens e mulheres que vivem, trabalham e sofrem; devemos anunciar a todos eles a misericórdia do Pai, mediante seu Filho, Jesus de Nazaré. Devemos anunciar esta graça que nos foi dada por Jesus”.

O Papa Francisco concluiu o seu discurso, dizendo que há novos inimigos que se opõem à evangelização: a desilusão e a tristeza que agem em nome de Satanás. Por isso, o cristão deve lutar e preparar-se para o martírio. Mas, a mensagem final, que o Papa deixou aos seus diocesanos de Roma, é “não ter medo”.

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