O Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que a missão da Igreja ultrapassa a dimensão humanitária e convidou as comunidades católicas a levarem aos outros “o amor de Jesus, a força de Jesus”, a exemplo da Virgem Maria.
“A Igreja não é uma loja, a Igreja não é uma agência humanitária, a Igreja não é uma ONG, a Igreja é enviada a levar a todos Cristo e o seu Evangelho”, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro e que, segundo dados do Vaticano, reuniu mais de 100 mil pessoas.
Francisco sublinhou que, na sua missão, a Igreja não se transporta a si própria, mas a Jesus, questionando os presentes sobre o “amor” que levam aos outros.
“É o amor de Jesus, que partilha, que perdoa, que acompanha, ou é um amor muito, demasiado diluído? Quando se diluí demasiado o vinho, sabe a água: é assim o nosso amor?”, perguntou.
O amor, acrescentou, deve ser “gratuito” e molda as relações nas paróquias e comunidades cristãs.
“Tratamo-nos como irmãos ou irmãs ou julgamo-nos, falamos mal uns dos outros? Eu ouvi que em Roma ninguém fala mal do outro”, prosseguiu o Papa.
A catequese destacou a figura de Maria como “imagem e modelo da Igreja”, a que os católicos devem recorrer nos “momentos de dificuldade, de provação, de escuridão”, convidando ainda a uma “amizade profunda” com Jesus.
Francisco deixou uma “cordial saudação” aos peregrinos de língua portuguesa: “Este mês de outubro encoraja-nos a perseverar na oração diária do terço, possivelmente em família, para que se reflita também na Igreja doméstica o modelo de Maria”.
“O segredo da sua paz e confiança estava nesta certeza: ‘A Deus, nada é impossível’. Desça, pois, sobre vós e vossas famílias a bênção do Senhor”, concluiu.
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