O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a ação de Deus no coração das pessoas pode libertá-las do “egoísmo” e abri-las à misericórdia divina, independentemente da sua condição social.
“Ele (Deus) pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode libertar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor”, declarou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do Angelus.
Segundo o Papa, não há “pecado ou crime de qualquer tipo” que possa eliminar “da memória e do coração de Deus” qualquer dos seus filhos.
“Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar, lembrai-vos bem disso”, acrescentou.
Francisco apresentou Deus como um pai que está “à espera” de ver “renascer” no coração de cada pessoa o desejo do “regresso a casa”, colocando-se ao lado de todos com o seu “perdão que torna mais leve o caminho da conversão e do regresso”.
“Irmãos e irmãs, deixemo-nos também nós chamar pelo nome, por Jesus. No fundo do coração, ouçamos a sua voz que diz: «Hoje tenho de ficar na tua casa», isto é, na tua vida”, observou.
A reflexão partiu de uma passagem do evangelho, lida este domingo nas igrejas de todo o mundo, que apresenta Jesus, no seu caminho rumo a Jerusalém, na cidade de Jericó, onde se encontra com Zaqueu, um homem “desprezado e «excomungado»” por ser “amigo dos odiados ocupadores romanos, ladrão e explorador”.
“Aquele homem, pequeno em estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus, está como que perdido no anonimato, mas Jesus chama-o e esse nome tem um significado pleno de alusões: «Zaqueu», de facto, quer dizer «Deus recorda»”, precisou.
Após a oração, o Papa saudou os presentes e deixou os habituais votos de “bom domingo e bom almoço”.
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