O Papa Francisco disse hoje que os doentes e os pobres são uma “riqueza para a Igreja” e que os voluntários e cuidadores devem valorizar esse tesouro “não só para a própria Igreja, mas para toda a sociedade”.
“Há que valorizar realmente a presença e o testemunho das pessoas frágeis e sofredoras, não só como destinatários da obra evangelizadora, mas também como sujeitos ativos desta mesma ação apostólica”, afirmou Francisco, esta manhã, aos membros da UNITALSI, associação italiana criada para acompanhar doentes a Lurdes e outros santuários marianos.
O Papa enalteceu o “estilo tipicamente evangélico” desta associação, sublinhando que a sua “obra não é assistencialismo ou filantropia”, mas “genuíno anúncio do Evangelho da caridade, mistério de consolação”.
“Sois homens e mulheres, mães e pais, tantos jovens, que, levados pelo amor de Cristo e a exemplo do Bom Samaritano, perante o sofrimento, não voltam a cara para o outro lado. Pelo contrário, procuram ser um olhar que acolhe, uma mão que levanta e acompanha, palavra de conforto, abraço de ternura”.
Papa Francisco convidou os membros da UNITALSI a não desanimarem perante as dificuldades ou o cansaço, mas a continuarem a dar tempo, sorriso e amor aos irmãos e irmãs que disso têm necessidade.
“Que cada pessoa doente e frágil possa ver no vosso rosto o rosto de Jesus”, afirmou aos presentes pedindo-lhes ainda que não se considerarem apenas objecto de solidariedade e de caridade, mas a inserirem-se plenamente na vida e missão da Igreja.
“A vossa presença silenciosa mas mais eloquente do que tantas palavras, a vossa oração, a oferta quotidiana dos vossos sofrimentos em união com os de Jesus crucificado para a salvação do mundo, a aceitação paciente e também jubilosa da vossa condição, são um recurso espiritual, um património para cada comunidade cristã. Não vos envergonheis de ser um tesouro precioso da Igreja”.
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