O patriarca de Lisboa afirmou este domingo que as palavras «saída» e «periferias» vão marcar o processo de preparação para o sínodo da diocese, marcado para o final de 2016.

«A saída em relação a Deus, na oração, e a saída em relação aos outros, na ação, estimulam-se mutuamente, pois quem se aproxima de Deus descobre e aprofunda o amor divino por todas as suas criaturas, isso mesmo que é a caridade», vincou D. Manuel Clemente na intervenção que proferiu no Estoril, concelho de Cascais.

No lançamento do processo sinodal, que decorreu no Dia da Igreja Diocesana, o prelado frisou a necessidade de ligar «oração e ação, mais e mais».

«As periferias como alvo, também se tornam critério principal. Na minha família, no meu prédio, na minha rua, quem está mais só, mais afastado ou esquecido? Na minha escola, na minha empresa, seja onde for, quem está mais isolado, menos acompanhado ou pouco atendido? – Na sociedade, na economia, na cultura, quem está mais “longe” da verdade evangélica das coisas, por omissão sua ou nossa?», questionou.

Frisando que não há espaço «para recuos ou alheamentos», D. Manuel Clemente sublinhou que «as grandes dificuldades que persistem na sociedade portuguesa, no campo socioeconómico e do trabalho» devem levar os católicos a «redobrar os esforços» para estarem «presentes e solidariamente comprometidos».

«O ser e o acontecer da Igreja no mundo e para o mundo constituem o ponto essencial de reflexão e celebração neste Dia da Igreja Diocesana e igualmente da caminhada sinodal que iniciamos», acentuou.

A preparação para o sínodo vai percorrer os capítulos da exortação apostólica do papa Francisco, “A alegria do Evangelho”, «juntando reflexão e ensaio missionário», assinala o patriarca, que anunciou o surgimento de «novidades».

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