O Papa alertou hoje no Vaticano para o que chamou de “cristãos de laboratório” e disse que a vivência da fé em Jesus exige uma “pertença” à Igreja.
Na segunda catequese semanal do novo ciclo dedicado ao tema, Francisco falou na “tentação” de prescindir dos outros para se salvar “sozinho”.
“Há quem julgue ter uma relação pessoal, direta, imediata com Jesus Cristo, fora da comunhão e da mediação da Igreja. São tentações perigosas e prejudiciais; são, como dizia o grande Paulo VI, dicotomias absurdas”, declarou, na audiência pública desta quarta-feira, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
O Papa realçou que na Igreja não existe o ‘faça você mesmo’ ou ‘freelancers’, citando o seu predecessor, Bento XV, que descreveu a Igreja como “um ‘nós’ eclesial”, e lamentou que alguns digam: ‘Eu acredito em Deus, acredito em Jesus, mas a Igreja não me interessa’.
Francisco sublinhou que esta Igreja é composta por pessoas “com os seus dons e os seus limites”, mas deixou claro que “ninguém é cristão só por si”.
“Está claro, isto? Ninguém é cristão só por si! Não se fazem cristãos de laboratório”, disse.
O Papa afirmou que “o cristão pertence a um povo que se chama Igreja” e que outros transmitiram a fé que cada um dos seus membros professa hoje.
“Eu lembro-me sempre muito do rosto da irmã que me ensinou o Catecismo”, observou.
A Igreja, prosseguiu, é “uma grande família”, em que ninguém vive “a título individual” ou por “conta própria”.
“A nossa identidade é a pertença, somos cristãos porque pertencemos à Igreja”, precisou.
Segundo o Papa, “não se pode amar sem amar os irmãos” ou estar “em comunhão com Deus sem estar em comunhão com a Igreja”.
“Não podemos ser bons cristãos se não estivermos unidos a todos os que procuram seguir o Senhor Jesus como um único povo”, insistiu.
Agência Ecclesia – ler notícia completa aqui.