O cardeal-patriarca de Lisboa revelou hoje no Vaticano que o Papa e os bispos portugueses falaram da necessidade de acolher os refugiados que chegam à Europa, numa coordenação de “esforços e de boas vontades”.

D. Manuel Clemente falava aos jornalistas no final da série de encontros entre os membros do episcopado católico e Francisco, no âmbito da visita ‘ad Limina’ que se iniciou esta manhã.

Segundo o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a hierarquia católica mostrou-se “completamente disponível” para responder ao desafio lançado pelo Papa, para que haja pelo menos “uma família” em cada paróquia que se disponha a acolher “uma família refugiada”.

“O Papa teve a ocasião de explicar o que é que pretende com o envolvimento das paróquias no acolhimento”, precisou D. Manuel Clemente.

Segundo este responsável, “nada melhor do que envolver diretamente as famílias nesse acolhimento e acompanhamento, com o apoio depois de todas as estruturas”, uma ajuda que não passa necessariamente por receber estas populações em casa, mas por “garantir condições de alojamento e acompanhamento”.

“Trata-se de algo a médio e a longo prazo”, acrescentou o presidente da CEP.

O cardeal-patriarca de Lisboa insistiu na necessidade de “boa coordenação com todas as outras instâncias”, políticas e da sociedade civil, a todos os níveis.

“No que diz respeito às nossas famílias católicas, faremos todos os possíveis para estarmos com elas nesse sentido”, acrescentou.

D. Manuel Clemente sustenta que este fenómeno vai originar alterações de fundo na sociedade portuguesa, bem como na europeia.

Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.