O teólogo e antropólogo Alfredo Teixeira, da Universidade Católica Portuguesa (UCP), defende que o diálogo entre comunidades religiosas tem de levar em consideração as novas dinâmicas de pertença e de pluralismo numa sociedade em mudança.
“O lugar de mudança mais importante, sob o ponto de vista social, diz respeito à forma como as pessoas se estabelecem ou constroem a pertença religiosa”, refere o especialista, em entrevista à Agência ECCLESIA.
Nesse sentido, recorda que muitas pessoas vão aos templos, mas outras não fazem, sem por isso deixar de “se reconhecerem, de alguma forma numa certa memória cristã”.
Alfredo Teixeira sublinha que grande parte das “metodologias de diálogo” estão “centradas entre o crente e o não crente”, “entre o crente de uma religião e o crente de outra”.
“O diálogo entre um crente que vive a sua fé numa forte experiência de vinculação comunitária e o diálogo com alguém que dispensa essa vinculação ainda não tem muitas pontes”, sustenta.
Nesse sentido, o investigador prefere falar em “não pertencente”, uma categoria que ultrapassa a noção de “não crente”.
“Muita gente encontra-se, subjetivamente, disposta para pensar uma determinada dimensão da existência humana que a ultrapassa e está para além da sua vida histórica”, precisa.
O coordenador-executivo do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da UCP realça que o Cristianismo tem a pluralidade “inscrita no seu código genético”.
Agência Ecclesia – ler artigo completo e ver vídeo aqui.