O Papa Francisco presidiu hoje no Vaticano à Missa da solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, padroeiros de Roma, na qual alertou para a “tentação” de uma Igreja “fechada”.
“[É] uma tentação que existe sempre na Igreja: a tentação de fechar-se em si mesma, diante dos perigos. Mas mesmo aqui há uma brecha por onde pode passar a ação de Deus: a oração”, declarou na homilia da celebração em que entregou o pálio aos novos arcebispos metropolitas de todo o mundo.
Francisco desafiou as comunidades católicas a passar “do fechamento à abertura, do medo à coragem, da tristeza à alegria” e, perante a tradicional delegação do Patriarcado de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), da “da divisão à unidade”.
Os pálios dos novos arcebispos metropolitas – entre eles quatro brasileiros – vão ser impostos pelos núncios apostólicos (representantes diplomáticos da Santa Sé) nas respetivas arquidioceses.
Na sua homilia, o Papa recordou episódios das primeiras comunidades cristãs, pouco depois da morte e ressurreição de Jesus, recordando que o apóstolo Pedro foi preso por Herodes e libertado por causa da “oração da comunidade”.
Já em liberdade, Pedro procura entrar numa casa amiga, mas a porta não se abre de imediato, o que, segundo Francisco, “deixa intuir o clima de medo em que se encontrava a comunidade cristã, fechada em casa e fechada também às surpresas de Deus”.
“Pedro bate à porta. ‘Olha!’ Há alegria e medo: ‘abrimos ou não?’ E ele está em perigo, porque a polícia podia prendê-lo, mas o medo paralisa-nos, paralisa-nos sempre; fecha-nos, fecha-nos às surpresas de Deus”, acrescentou.
Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.