O Papa Francisco criticou hoje em Milão a atual cultura social submetida ao poder do “dinheiro” e que permite “que a vida quotidiana de tantas famílias seja manchada pela precariedade e pela insegurança”.

Durante a missa integrada no programa da visita que promoveu este sábado à arquidiocese italiana, o Papa argentino frisou que “tudo parece hoje uma questão de cifrões”, e no meio desse contexto “especula-se sobre a vida, sobre o trabalho, sobre a família, especula-se sobre os pobres e os migrantes, sobre os jovens e o seu futuro”.

Perante centenas de milhares de pessoas, que participaram na celebração eucarística no parque de Monza, a 15 quilómetros de Milão, Francisco lembrou “a dor que bate hoje a tantas portas”, que marca a vida de tantas pessoas esquecidas e excluídas por esta sociedade do “ter”.

E também os inúmeros jovens em cujo íntimo “cresce a insatisfação pela falta de uma verdadeira oportunidade de vida”.

“Paradoxalmente, quando tudo evolui para construir, em teoria, uma sociedade melhor, no fim não há tempo para nada nem para ninguém”, apontou o Papa, que considera fundamental ganhar “tempo para a família, para a comunidade, para a amizade, para a solidariedade e para a memória”.

Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.