O Papa Francisco presidiu hoje na Praça de São Pedro à Missa do Domingo de Páscoa, no Vaticano, na qual apresentou a ressurreição de Jesus como “sentido” para a vida.
“Isto não é uma fantasia, a ressurreição de Cristo não é uma festa de muitas flores, isso é bonito, mas é mais. É o mistério da pedra rejeitada, que acaba por ser o fundamento da nossa existência. Cristo ressuscitou!”, sustentou, numa homilia improvisada.
“Nesta cultura do descarte, onde aquilo que não serve segue o caminho do usa e deita fora, onde aquilo que não serve é descartado, aquela pedra rejeitada é fonte de vida”, acrescentou.
Francisco pediu que cada um esteja disposto a levar a sua cruz, porque ela abre um horizonte novo, o da ressurreição, com a visão da “pedra que a maldade do pecado descartou”, Jesus.
“Também nós, pequenos seixos por terra, nesta terra de dores, de tragédias, com a fé no Cristo ressuscitado, encontramos um sentido, no meio de tanta calamidade, o sentido de olhar para mais longe”, declarou.
A intervenção evocou as “desgraças, doenças, tráfico de pessoas, comércio humano, guerras, destruições, mutilações” que atingem a humanidade.
“O que é que a Igreja nos diz hoje, diante de tantas tragédias? Simplesmente isto, a pedra rejeitada não é descartada, os pequenos seixos que acreditam e se confiam nessa pedra não são descartados, encontram um sentido”, respondeu o Papa.
Francisco relatou que este sábado telefonou a um jovem com “uma doença grave”.
“Falando, para dar um sinal de fé – um rapaz culto, um engenheiro – disse-lhe: Não há explicações para o que se passa contigo, olha para Jesus na cruz, Deus fez isto com o seu filho. Não há outra explicação”, explicou.
O jovem respondeu que a ele ninguém lhe perguntou se queria esta doença.
“Isto comove-nos”, confessou o Papa.
Agência Ecclesia – ler artigo completo aqui.