Celebramos neste domingo o nascimento de S. João Batista. O seu nascimento é apresentado nos Evangelhos como tendo um grande sentido para nós, cristãos, quer pela forma como ele viveu, quer pela missão que Deus lhe entregou. Mas olhemos, antes de mais, para o seu nascimento que Lucas apresenta de uma maneira muito viva e, em termos da intervenção de Deus, muito expressiva. Consideremos que os seus pais, Zacarias e Isabel, sendo ambos de idade avançada, recebem de Deus, depois de lhe pedirem com muita insistência e muita fé, a graça de terem um filho. Vizinhos e parentes congratulam-se com os pais de João, cuja alegria e ação de graças os inundavam de felicidade. Esta felicidade exprimia-se no louvor a Deus pelo benefício que lhes tinha concedido – acolherem o filho que a bondade do SENHOR lhes oferecia.

O nome dado ao menino, foi-lhes comunicado pelo anjo que anunciara o seu nascimento. O nome quer para os judeus quer para outros povos, não é escolhido ao acaso, pois tem um sentido que lhe é dado pela Fé em Deus. Assim, JOÃO quer dizer «agraciado por Deus», ou seja, «é um dom de Deus» ou, dito por outras palavras, «Deus é favorável». A escolha do nome, que não contou com a proposta de vizinhos e amigos vai levar as pessoas a perguntarem: «Quem virá a ser este menino?» E o evangelista acrescenta: «na verdade, a mão de Deus estava com ele.»

A narração de S. Lucas (Lc. 1, 57-66. 80) é deveras fascinante e leva-nos a pensar no nosso nascimento e na vida que nos foi transmitida. Acolhemos nós a vida como um DOM que sem cessar recebemos do Senhor que nos criou? Ou sentimo-nos como que perdidos no emaranhado das coisas, sem vermos de onde vimos e para onde vamos?

Para terminar deixo algumas perguntas que na passada terça-feira o Padre Filipe nos deixou no encontro da lectio divina. Ei-las: «Como me alegro com os benefícios que o Senhor vai fazendo aos meus familiares e vizinhos? ALEGRO-ME OU INVEJO? Como vou louvando o Senhor pelas maravilhas que Ele vai realizando na minha vida?»

Padre Magalhães Fernandes