O Evangelho proclamado neste quinto domingo da Páscoa é tirado do discurso de despedida de Jesus. Ele deixa aos Seus discípulos uma herança para continuar a Sua obra no mundo. Jesus oferece-lhes a seguinte tarefa: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Este mandamento tem uma tonalidade própria que sai de Jesus para os discípulos. Isto é, a medida para amar é Jesus. O Seu amor é sem fronteiras porque Ele ofereceu a Sua vida e derramou o Seu sangue. Por isso, amar é acolher esta forma e gesto de Jesus, a Sua própria vida.

O amor que Jesus nos propôs é um amor desinteresseiro. O Seu modo de amar não era limitado aos Seus mas a toda a gente, particularmente os pobres, os coxos, os marginalizados, os doentes, os pecadores, os tristes, os abatidos, etc. Este amor mostra a presença vivificante do Cristo Ressuscitado entre nós. Podemos, assim, transcender a medida de um coração humano para a do coração de Cristo. O que nos constitui pessoalmente cristãos é o amor que o Pai nos tem em Cristo e que o Espírito Santo derrama nos nossos corações. Diz-nos Santo Agostinho que “a medida do amor é amar sem medida”. É no amor que seremos capazes de entender a nossa missão no mundo. Agir no amor, com amor e por amor gera frutos.

Somos convidados neste domingo a renovar o nosso compromisso de amor para Deus e visivelmente para com os nossos irmãos.

Ao longo desta semana poderemos meditar com as seguintes perguntas:

1. Será que amo a medida de Cristo?

2. Qual é o meu compromisso de amor para com a minha comunidade cristã e com a sociedade?

Um bom domingo para todos!

Pe. Andrew Prince