Celebramos o décimo quarto domingo do tempo comum e o Evangelho convida-nos a uma meditação sobre a missão que o Senhor nos confia e a alegria de anunciar. No Evangelho, Jesus indica o conteúdo fundamental do anúncio e as complicações que os discípulos devem esperar. Mostra-lhes que o essencial de toda a evangelização é Cristo. Para ilustrar a urgência desta missão, Lucas apresenta-nos o número setenta e dois que significa a universalidade segundo o pensamento hebraico. O anúncio é dirigido a todas as nações e todos os povos devem sentir-se envolvidos para mudar o rosto da terra.

Como afirma a Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa para o Ano Missionário e o Mês Missionário Extraordinário “Todos, tudo e sempre em missão.” Assim percebemos que a missão não é apenas para o clero, mas é para todos os batizados ainda que em formas diversas. Em suma ser cristão é ser missionário. Somos discípulos missionários na medida em que acolhemos a Boa Nova e a anunciamos. O texto indica que Jesus envia “dois a dois”, pois o anúncio do Evangelho não é uma tarefa pessoal, mas de uma comunidade. Acentua neste sentido o papel da Igreja no crescimento da fé e o apoio da comunidade aos irmãos doentes, desanimados e tristes na vida. A mensagem a ser proclamada é o dom da paz, no sentido mais completo, para as pessoas e as famílias, e, sobretudo, a mensagem de que “o Reino de Deus está próximo de vós”. O reino de Deus é, antes de tudo, uma pessoa: Jesus Cristo. Quem O acolhe encontra a vida, a alegria e o encargo de anunciá-Lo.

O Cristão é, também, aquele que prepara o caminho do Senhor, anunciando a sua paz, curando os enfermos e manifestando, assim, a vinda do Reino e deve ser homem ou mulher da paz. Para efetivamente exercer o ministério do anúncio é preciso ser pessoa de oração com abandono radical ao coração de Jesus. Entre as orientações dadas por Jesus, os enviados devem viver despojados e confiantes. A vastidão da missão pede que todos os batizados se empenhem com delicadeza, amor, entrega, docilidade, disponibilidade e aceitem o convite de anunciar.

PISTA DA REFLEXÃO

Como vivo a minha missão de Cristão na Família, como Pai, Mãe ou Filho?
Que tempo disponibilizo para as obras da Igreja?

O vosso irmão,
Pe. Andrew Prince