Como condição de entrada, o Senhor diz-nos “esforçai-vos por entrar pela porta estreita”. Esta porta exige muito de nós. Esforço significa ter uma força de vontade muito grande. O esforço é o contrário da mediocridade, porque o medíocre simplesmente fica paralisado e é paralisado pela vida, não se esforça, fica estagnado perante aquilo que não consegue alcançar e diz: “Ah, está bom. É assim mesmo. Eu não posso mais”. Não devemos ficar parados na vida. Devemos acreditar que tudo é possível e mergulharmos com fé nas dificuldades que a vida nos apresenta para sairmos vitoriosos. Não podemos entrar com tudo porque a porta é estreita. Devemos entrar apenas com o essencial. Aprendemos a humildade e a simplicidade como chaves da entrada. A porta da salvação exige esforço, mas isto não basta. Esta porta da casa tem um Senhor que a pode abrir e fechar. Para entrar é importante conhecer o dono da casa, ter intimidade, ter uma boa relação com Ele. A salvação é uma questão de relação, de comunhão, de amizade com este Senhor. Esta relação de amizade inicia-se desde já, aqui e agora, com o Senhor Jesus, e deve tornar-se uma comunhão para sempre. Sabemos que a vida da fé nos pede sempre esforço, trabalho e luta.
Somos encorajados a buscar o caminho da santidade. Este caminho que nos leva à vida eterna é um caminho traçado por Deus e não por nós. Para trilharmos este caminho precisamos de nos libertar dos nossos apegos, deixar de projetar a nossa vida tendo nós mesmos como referencia, para nos envolvermos no projeto de Deus que tem como referência unicamente Jesus. Somos convidados a tornarmo-nos pequenos, isto é, emagrecer espiritualmente para ter o tamanho suficiente para entrar no reino de Deus. Conhecer o caminho e os seus requisitos de entrada ajuda-nos a preparar, de forma cuidada, a nossa entrada. Que a paz de Deus irradie no coração de cada paroquiano. Esforçemo-nos por e com amor para entrarmos na porta estreita, porque a seguir desta porta encontraremos as águas refrescantes e a felicidade eterna.
Pistas de Meditação
1. Será que faço de Jesus o ponto da referência da minha vida?
2. Como vivo o desprendimento?
Um domingo abençoado para todos com votos de boas férias.
O vosso amigo,
Pe. Andrew Prince
