A fé na ressurreição é uma verdade fundamental do caminho cristão. Toda a esperança humana está em torno desta questão essencial. Por isso, afirma São Paulo, “se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé” (1 Cor 15, 14). Mas ressuscitou. Essa fé ajuda-nos a superar três pilares angustiantes na vida humana: a morte, a injustiça e o fracasso. A morte não tem a palavra final na vida do homem porque a vida não acaba. A ressurreição cria para os homens uma nova dimensão de ser, um novo âmbito da vida: o estar com Deus. Também significa que Deus manifestou-se verdadeiramente e que Cristo é o critério no qual o homem pode confiar.

O Evangelho deste domingo ilumina a nossa inteligência e fortalece a nossa fé sobre a ressurreição. Para onde vai o homem depois da morte? E para onde caminha a história humana? Jesus foi interrogado sobre a fé na ressurreição pelos Saduceus através do famoso episódio dos sete irmãos que casaram e morreram sem deixar filho. Qual dos sete será o esposo da mulher na ressurreição? Os Saduceus pertenciam a uma seita religiosa do judaísmo composta de ricos aristocratas e sacerdotes com grande autoridade sobre as atividades no templo. Eles rejeitavam as muitas tradições orais e crenças dos fariseus. Também não acreditavam na ressurreição ou na existência de anjos.

A pergunta, embora fosse uma armadilha, tinha um fundamento na lei do povo, chamado “O Livirato” (Deut. 25,5-10) que ensina que se a uma mulher casada morrer o marido sem deixar descendência, o irmão do marido deve desposar a mulher para dar uma descendência ao seu irmão. A ideia principal deste ensinamento assenta na razão de que não se deve deixar a herança nas mãos de estranhos. Jesus responde a esta pergunta dando a entender o verdadeiro sentido da ressurreição dos mortos e porque devemos confiar e viver uma vida que nos encaminhe para a vida eterna. A ressurreição não é uma reanimação do corpo, nem a repetição da vida presente, mas é uma nova vida e, sobretudo, a vida em Deus porque para Ele todos vivemos. A morte não é o fim último do homem, é apenas uma separação física. Somos chamados, portanto, a viver como filhos da luz e da ressurreição confiando apenas em Deus, com a prática de boas obras; amor, paz, reconciliação, sinceridade, interajuda, simplicidade, humildade.

Sejamos abençoados e fortalecidos no nosso zelo para servir e acreditar na ressurreição.

Desafio de Semana

Encontre 5 minutos durante esta semana para contemplar o tema “a minha intimidade com Deus”.

O Pároco,
Pe. Andrew Prince