Celebramos o trigésimo terceiro domingo do tempo comum, o penúltimo domingo antes da conclusão do ano litúrgico.

No Evangelho, Jesus exorta-nos a olhar para o futuro com esperança, perseverança e vigilância. Meditamos a primeira parte do discurso de Jesus sobre os últimos tempos. Jesus pronuncia-o quando Se encontra diante do templo de Jerusalém, partindo das expressões de admiração do povo pela beleza do santuário e das suas decorações. Ele adverte-nos que tudo no mundo é passageiro, até as coisas mais belas e caras. “Dias virão em que destas coisas que vedes não ficará pedra sobre pedra: tudo será destruído” (Lc 21, 6). Ele quer que a fé do povo não se limite simplesmente às paredes do belo templo de Jerusalém. Mas que olhem para o interior de cada um deles. Devemos procurar permanecer firmes no Senhor, nesta certeza de que Ele nunca nos abandona.

O povo apenas queria saber quando é que viria o fim do mundo. E quais os sinais que apontam este fim. Mas Jesus responde de uma forma a ilustrar as atitudes e comportamentos a assumir diante destas realidades. Primeiro: não se deixar enganar por falsos messias e não se deixar paralisar pelo medo; Segundo: viver o tempo de espera como tempo de testemunho e de perseverança. E nós estamos neste tempo de espera, de espera pela vinda do Senhor.

Ter esta certeza e firmeza é também caminhar na esperança, trabalhar para construir um mundo melhor, não obstante as dificuldades e os acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e comunitária, é o que verdadeiramente conta; é quanto a comunidade cristã é chamada para ir ao encontro do “dia do Senhor”. Quem nos dá a força para mergulharmos nos sofrimentos diários é O Senhor. Diz-nos no Evangelho: “Não deveis preparar a vossa defesa, Eu vos darei língua e sabedoria a que nenhum dos vossos adversários poderá resistir ou contradizer” (Lucas 21,15)

Jesus lança-nos um convite ao verdadeiro discernimento para distinguir a voz de Deus da voz dos estranhos (vozes de hipocrisia, corrupção, calúnia, violência, etc.). A missão da Igreja é, portanto, ajudar os fiéis a manter firme e acesa a sua fé no meio das grandes tribulações e perturbações da vida.

O caminho cristão tem de ser levado até ao fim. Não devemos desistir, desanimar ou perder a força porque, pela perseverança, chegaremos ao fim. “Bem-aventurados sereis quando por Minha causa vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, alegrai-vos e exultai porque é grande nos céus a vossa recompensa.” (Mateus 5,12).

Que Deus nos dê a coragem e a perseverança para vencermos as batalhas quotidianas na nossa vida.

A todos, desejo uma boa semana cheia de Paz e Amor!

O Pároco,
Pe. Andrew Prince