Celebramos hoje o VI domingo da Páscoa. Estamos no último domingo antes da festa da Ascensão do Senhor, a festa que encerra a presença humana de Jesus na Terra, ou seja, a Sua presença visível no meio do Seu povo.

O Evangelho de hoje leva-nos a olhar a promessa de Jesus aos Seus discípulos. Jesus anuncia a Sua saída deste mundo para o Pai. Este anúncio suscita nos discípulos um sentimento de tristeza e de grande preocupação, mas Jesus promete que não os deixará sós, pois estará com eles numa outra forma: O Paráclito. Este dom de Deus para a humanidade é gratuito, mas nem todos o podem receber. Apenas com um coração sincero e contrito que possa acolher. O mundo não pode receber porque vive contra as obras e orientações de Deus. O mundo, utilizado neste contexto para significar tudo aquilo que é oposto à realidade cristã, por exemplo, um sentimento de ódio, prepotência, inveja, etc. O mundo do mal e do pecado, aquilo que se opõe ao Reino, continua exigindo dos cristãos uma defesa.

O Espírito Santo, O Paráclito, estará ao nosso lado como defensor, advogado, auxílio para nos dar o apoio necessário para esta batalha contra o mundo. Além disso, Ele nos ensinará toda a verdade porque Ele é o Espírito da verdade. A verdade não vence, mas convence. Ela nos liberta do erro, da mentira e da morte que têm como origem e fruto o pecado. Somos chamados a confiar na ação do Espírito Santo na nossa vida e abrir-lhe o nosso coração.

Jesus fala-nos da Sua unidade com o Pai e apresenta-Se como a ponte entre nós e o Pai. Devemos estar unidos a Ele para poder estar com o Pai: acolher e guardar o Seu amor. O amor é o fundamento da vida do cristão e o amor dos fiéis manifesta-se na fidelidade ao mandamento do amor que Jesus nos transmite. A condição para que isso aconteça é a vivência do mandamento do amor.

Que o Espírito da verdade ilumine o nosso coração e a mente para poder guardar os mandamentos de Deus e acolher os dons e os frutos do Espírito Santo.

Pistas de Reflexão

  • Quais são as minhas fragilidades no que diz respeito à verdade cristã?
  • De que maneira vivo o amor de Deus na vida quotidiana?

Votos de uma boa semana,
Pe. Andrew Prince