A liturgia deste domingo contempla a parábola das dez virgens que vão ao encontro do esposo, num cenário de casamento. As dez virgens amigas, cinco prudentes e cinco insensatas, aguardavam jubilosamente pela chegada do cortejo do noivo. Jesus utilizou nesta parábola a descrição de um típico casamento judaico da época. Era costume que o noivo fosse acompanhado pelos seus amigos, já pela noite dentro, a casa da noiva. Lá, a noiva esperava-o com as suas damas de honra (as virgens), que, ao serem avisadas da aproximação do esposo, saíam com as suas lâmpadas para iluminar o caminho do noivo até casa, onde haveria a celebração das núpcias. Esta parábola é um dos ensinamentos de Jesus sobre a necessidade de estarmos sempre atentos e preparados para a vinda do Senhor.

A prudência e a vigilância devem ser assumidas como palavras chave do cristão, que espera a chegada do noivo (Jesus). Na parábola, ambas as virgens tinham o mesmo objetivo, o de poderem encontrar-se com o noivo. Fizeram o mesmo percurso com as lâmpadas acesas, mas ao longo do caminho acontece o inesperado, houve demora do esposo e todas adormeceram. As dez virgens representam a comunidade cristã, com a sua diversidade e dinâmica, que deve estar sempre preparada para a chegada do Senhor. A respeito da chegada do Senhor, existe a certeza de que Ele virá, como professamos no credo, mas a incerteza de que não sabemos o dia nem a hora, como conclui o Evangelho. Por isso, resta-nos vigiar e prepararmo-nos para não nos cansarmos de esperar. O trecho está todo dominado pelo sentido de espera. Assim é a vida cristã. Para as virgens da parábola, a espera é preenchida com duas preocupações: manter a lâmpada acesa e ir ao encontro do esposo. Para nós, cristãos de hoje, significa que devemos viver na “vigilância” e na fidelidade ao projeto de Deus. Devemos manter acesa a lâmpada da nossa fé, mesmo nos momentos de provação e de grandes tentações. Não podemos deixar esgotar o nosso azeite, isto é, não basta ser cristão de nome, é preciso agir e viver como tal. O azeite é o amor que vivemos na nossa vida. Não se pode emprestar, tem que se sentir, experimentá-lo, para que possa iluminar o caminho.

Somos convidados a entender a nossa identidade de cristãos e a mantermos acesa a nossa fé na vivência das virtudes cristãs. Devemos aproveitar qualquer ocasião e momento para emendar a nossa vida.

Que Deus nos conceda a força e o espírito de compromisso.

Pistas de Reflexão

  • Será que vivo como virgem prudente ou insensata?
  • Como mantenho a minha lâmpada acesa nos momentos difíceis da vida?
  • Que avaliação faço quase ao concluir o ano litúrgico?

Votos de uma excelente semana para todos e até breve!
Pe. Andrew Prince