O Evangelho deste XIII domingo do Tempo Comum fala-nos de vários episódios a respeito dos que são chamados a seguir o caminho de Jesus. Em primeiro lugar, o texto apresenta a intenção de Jesus em ir para Jerusalém. Depois, contempla-se a rejeição pelos Samaritanos e, por fim, apresenta-nos três episódios em que nos mostra a urgência de deixar tudo e seguir Jesus.

No primeiro episódio, contemplamos uma decisão firme de Jesus de Se dirigir a Jerusalém, onde completará a Sua missão para a salvação do mundo. Esta decisão baseia-se na plena confiança no Pai e a confirmação de que toda a Sua vida está orientada para o cumprimento da vontade do Pai. A decisão de Jesus é radical e total, e quantos O seguem são chamados a confrontar-se com ela.

No segundo episódio, é narrado a rejeição pelos Samaritanos e a reação dos discípulos. Como nos devemos comportar no anúncio da Boa Nova quando somos rejeitados ou quando as pessoas viram as costas? O texto ilustra-nos os obstáculos e as hostilidades que o anúncio da Palavra encontrará no Mundo. Jesus ensina-nos o caminho do amor como resposta a estas situações.

No último episódio, o Evangelho fala de três pequenas histórias de vocação. Jesus começa o caminho até Jerusalém e convida todos a segui-Lo, mas quem não o faz na pobreza e na renúncia fica de fora.

Na primeira história, Jesus destaca o fato de que o cristão é um itinerante. É um peregrino. Por isso, responde: “as raposas que têm as suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o filho o homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9,58). A Igreja é e está, por sua natureza, em movimento. Não permanece sedentária, nem tranquila, confinada ao seu próprio espaço. O cristão deve ter a capacidade de deixar a sua própria segurança e amar Jesus até ao fim. Por isso, o entusiasmo não basta. Tem que caminhar.

A segunda história comunica-nos a ideia de que nada nem ninguém está acima do anúncio da Boa Nova. A urgência deste anúncio pede a prontidão a todas as pessoas. Além disso, nada pode interpor-se e impedir a decisão de O seguir. Seguir a Cristo envolve toda a vida, não apenas alguns momentos ou algumas áreas de nossa existência.

Por fim, vem a terceira história com uma personagem que quer seguir Jesus, mas com a condição de o fazer depois de se ter despedido dos parentes. Jesus responde que “ninguém que põe a mão no arado e olha para trás é digno do Reino de Deus”. Embora na primeira leitura (I Reis 19, 16b. 19-21) seja referido que Elias tinha permitido a Eliseu despedir-se dos pais. No Evangelho, Jesus exige mais do que Elias e ensina-nos que a missão exige de nós uma resposta imediata. O seguimento de Cristo é livre decisão do discípulo – e só pode ser incondicional. É O Senhor que estabelece as condições. Seguir Jesus é comprometer-se totalmente. O seguimento de Cristo é a vocação do cristão.

Quem quiser ser discípulo de Jesus, deve pôr-se a caminho com Ele e este é o único caminho a percorrer. Que Deus nos conceda a coragem de abandonar tudo e a sermos verdadeiros discípulos da Boa Nova.

Pistas de Reflexão

  • O que me impede de anunciar o Evangelho?
  • Será que consigo passar do entusiasmo para o compromisso na minha vida cristã?

Uma excelente semana para todos!
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh