Hoje celebramos a Solenidade de São Vicente, Diácono e Mártir, cujo cheiro de testemunho continua a emanar em todo o mundo. É o Padroeiro do nosso Patriarcado de Lisboa e, por isso, tem prevalência sobre a liturgia do III domingo do Tempo Comum. Recordamos a sua coragem heroica e a firmeza da sua fé. O sangue dos mártires continua a fortalecer a Igreja na sua ação evangélica. “O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé. Designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã e suporta a morte com um ato de fortaleza. “Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus” (Santo Inácio de Antioquia). A Igreja cresce com o sangue dos mártires e hoje, na nossa geração, existem muitos que quase ninguém ouve falar deles.
É este belo testemunho de fé que São Vicente de Saragoça deu no início do século IV quando mostrou uma coragem enorme e fiel ao seu Senhor durante a perseguição do Imperador Diocelesiano. Vicente, diácono, recusou oferecer sacrifícios aos deuses e foi cruelmente martirizado até à morte, que terá ocorrido em 304.
No Evangelho de hoje, Jesus alerta aos Seus apóstolos sobre a opção que fizeram. Isto é, ser discípulo da nova aliança e em que consiste este caminho. Destacamos três pilares para esta reflexão.
1. A inevitabilidade das perseguições;
2. A presença constante e o apoio fiel do Espírito Santo na vida do discípulo;
3. A perseverança que ganha a vida e incentiva a verdade.
O anúncio da Palavra de Deus provoca reações diversas. Entre elas, o ódio, as ameaças, a inveja, etc. Por isso, haverá perseguições de todo nível e torna-se uma marca indispensável no caminho do cristão. O Evangelho confirma a presença e o auxílio fiel de Deus nos momentos turbulentos da caminhada cristã e, por fim, convida-nos a mantermo-nos firmes e fiéis durante as perseguições, porque só sairemos vitoriosos com a perseverança.
Que São Vicente, o nosso Padroeiro, interceda pelo nosso Patriarcado, pelas Paróquias e por todas as Igrejas em Lisboa e que possamos imitar as suas virtudes no testemunho na nossa fé.
Pista de Reflexão
- Qual é o meu maior medo no anúncio da Boa Nova?
São Vicente, rogai por nós!
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh
