Neste domingo escutamos a narração da Paixão do Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São Mateus. Assim, começamos a viver a semana chamada “autêntica” em que a Humanidade, com todos os seus defeitos, acompanha O inocente, Jesus Cristo, que vai dar a Sua vida por nós.

O Domingo de Ramos remete-nos para o centro da nossa fé, com o mistério de entrega de Jesus a favor de toda a Humanidade. É um mistério de amor, de dádiva, de libertação, de resistência ao sofrimento, de priorização de Deus e da Sua vontade, de ousadia e de humildade, de perdão e de compaixão.

A narração da Paixão coloca-nos diante de três imagens e momentos na reta final da vida humana de Jesus. Em primeiro lugar, vemos a detenção de Jesus, em seguida vem a acusação diante das autoridades romanas e, por fim, o Seu sofrimento e morte. De facto, é uma história mista de louvor e de traição. Jesus, foi primeiro aclamado como Rei que vem e o ambiente era de alegria e louvor. Logo a seguir surge a grande traição que O levará à crucificação. Jesus, respondeu à nossa traição, arrogância, insultos, egoísmo e coração duro com o Seu amor, ensinando-nos que o amor pode vencer tudo neste mundo. O Salvador partilha a nossa condição humana, faz-se servo e oferece a própria vida para vencer definitivamente o mal e o pecado.

Além disso, existem vários elementos nesta narração que chamam a atenção. Entre eles, podemos destacar a Ceia Pascal, a Oração Confiante no Getsémani, a vontade de perdão e o diálogo com os sumos sacerdotes, a entrega da própria vida na cruz, a confiança plena ao entregar o Seu Espírito ao Pai. Todos eles revelam o coração de Deus feito Homem que é capaz de renunciar ao Seu bem mais precioso para salvar aqueles que ama.

Em suma, a Palavra de Deus neste domingo convida-nos a meditar sobre a conclusão da vida terrena de Jesus. A chave para compreendermos este percurso do Senhor Jesus, desde o Seu nascimento até à morte, é a palavra Amor. Isto ensina-nos que a medida de amor é amar sem medida. O nosso amor tem de ser sem fronteiras.

PISTAS DE REFLEXÃO

  • Como vivo o perdão na minha vida cristã?
  • Será que estou disposto a morrer com Cristo (viver uma vida nova em Cristo)? Que propósito faço nesta Semana Santa e Páscoa?

A todos, desejo uma Semana Santa meditativa e fecunda. Não se esqueçam de participar nas celebrações.
Pe. Andrew Prince Fofie-Nimoh